terça-feira, 31 de maio de 2011

QUE MUNDO É ESSE QUE SEDUZ, APRISIONA, E MATA

Que mundo é esse em que vivem os bem sucedidos, as celebridades, aqueles que buscam fama ou com ela se iludem e deixam dominar, mundo cruel que ao se encontrar, fascina, faz querer mais e depois, mata, faz desaparecer grandes estrelas, grandes astros, heróis e quem sempre deveriam existir por eternidades por trazer alegria, romance, fantasia, orgulho a milhões de seres humanos tornados seus fans? Mundo estranho o da ilusão que cansa, extingue, deixa ficar vazio o que deveria estar cheio, mundo dos bem sucedidos que nunca provaram a miséria e se ela se lhes ameaça nesse mundo naufragam. Mundo soturno que ronda os que a fortuna almejam, se lhes a dá de graça para depois tomar no nada em que lê ela se converte porque ela já não mais importa na angústia do nada mais ter ou desejar que o dinheiro não compre e nesse mundo descobre a verdade do nem tudo.
Falo e pergunto do mundo dos fetiches, do sonho impossível que é o da plena realização porque ela jamais se completa em ninguém, falta sempre um pedaço, e nesse mundo é esse o pedaço que destrói, faz procurar por caminhos sem volta, dor e saudade dos que ficam e paz dos que se vão. Que mundo é esse que leva artistas famosos a destruir o que construíram, leva herdeiros a se matarem para depois de vencer a desdita encontrar a solidão dos desacompanhados, que é a pior de todas, leva imaturos sequiosos a se entregarem sem se prevenir e sem defesa porque ela, afinal, não há?
É nesse mundo que sei por testemunhas morar a felicidade dos felizes, e nesse mundo traiçoeiro que se esconde a perfídia da lentidão do descobrir e quando ela se mostra nada mais há para salvar, é nesse mundo cruel fantasiado de brilho, luz e alegrias que baila no limbo do desconhecimento de cada leigo o perigo do vício e da morte. È nesse mundo maldito que não deveria existir que está a sepultura da felicidade e ela reluz enganando até atrair para si a próxima vítima. E è nesse mundo controverso que mora a certeza do fim iludido de começo.
Tudo nesse mundo medonho começa com uma simples ilusão de diversão, de onda que vai passar, de necessidade para cumprir compromissos, de companheiro para um inexplicável vazio, e são tantas as explicações. Mas o final é sempre o mesmo, sem tempo de arrependimento porque ele não consegue ali penetrar. Tem sido assim por tempos e tempos, épocas e épocas, sempre e mesma história e mesma trajetória, mesmo final e mesma tristeza, não dos que se foram, mas dos que ficam para chorar a ausência e a lástima do haver algo bom se acabado. Ou não foi assim para tantos como Billy Holliday, Jimmy Hendrix, Marvin Gayer, Elvis Presley, Elis Regina, Kassia Eller, gente que jamais deveria morrer, esses e tantos outros da calçada da fama? Então não foi assim para grandes homens de negócio, grandes figuras do jet set, e todos tornados vítimas dos lugares onde a malvada e enganosa fama abre o portão desse mundo mal, perverso, sedutor e cruel, o mundo das drogas?
E para ele vão também os fracos de espírito movidos pela necessidade de emoções sinceras carinho, amor, enfim um naipe de sentimentos que temos para trocar, mas quem nem todos alcançam e se alcançam nunca sabem entender. E para ele vai quem quer mais do que a realidade e saber enfrentá-la sem se deixar abater, seja no universo dos ricos, dos famosos ou dos pobres, porque a droga não tem sentimento, é apenas mais um mal do nosso mundo criado por nós mesmos, os humanos.

Por Jorge Curvello

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