segunda-feira, 8 de outubro de 2012

AVENIDA BRASIL - NOVELA DE SUSPENSE


                                  Tessália revelação

        Eu que assisto posso dizer que essa novela pecou em alongamento e exageros de costumes e de personagens, criou situações impossíveis, abusou da crítica em sátira e rotulou tipos e caráter, mas  é um bom trabalho do autor abusado que vai terminando e deu aos atores que nela trabalham chances incríveis de interpretação.
        Citemos o personagem Carminha, Carmem Lucia, uma mulher psicopata,  capaz de ir além do amor sentido pela obsessão, fria e calculista, dona de uma mente diabólica e rápida que muda de acordo com a situação, criativa nas mentiras e engodos, um  alguém perigosíssimo a quem não se pode dar tempo de raciocinar ou vira a mesa. Dona de cinismo super exagerado ela é capaz de convencer o Papa de que Jesus foi um blefe.       Encarnando a diaba, a atriz Adriana Steves (acho que é esse o nome da moça) suplantou, consagrou-se talvez entre as tantas, como a mulher mais malvada e ardilosa existente nas novelas até então escrita. Na trama, esposa de um jogador de futebol aposentado chamado Tufão, ela usa e abusa da imbecilidade dele e da família, causando tremendo estrago.


        Falemos do Tufão, o jogador de futebol que sofre um chifre de galhos enormes na mão de sua esposa Carminha, que o trai com um cunhado de nome Max, seu parceiro no crime e nos golpes. Escrito para ser um personagem com bons sentimentos ao extremo Tufão em cena foi levado para a imbecilidade dos traídos que se negam a ver para não comprovar a traição, um personagem muito bem defendido pelo Murilo Benício, que até a postura imita um boi, ou touro.
        Falemos do Max, uma revelação do ator Marcelo Novaes   que passa de vilão a vítima em segundos conforme o texto de fala se apresenta, uma revelação depois de tantas outras que esse ator já interpretou. Max na novela ficou sendo o produto da violência e o abandono, a mais do que um bandido
        Falemos da Nina ou Rita, personagem da menina atirada no lixão, quando criança vivida por uma revelação infantil da Rede Globo,  e que depois de adulta na pele de Débora Falabela se revelou um ícone capaz de passar da candura a maldade em segundos, excelente atriz a menina.
E falemos de dois personagens que cresceram e se revelaram na novela toda, a Tessália, moça ingênua que acredita em amor verdadeiro e Darkson, moleque suburbano feito para amar antes do que viver. Ela, lindíssima, atriz e modelo chamada Débora Nascimento é outra revelação, ele, cujo nome do ator me foge agora, bonito e charmoso, perfeito em nuances e  tiradas, além de dramático quando o papel pede.

        Os demais personagens, a família do chifrudo Tufão, o núcleo de um salão de beleza e sua empresária, o outro núcleo de um imaginário trígamo, um bonitão capaz de engabelar três mulheres como esposas sem ser casado com nenhuma,  o núcleo de um pai de jogador de futebol bissexual e uma prostituta feita garota de programa Maria chuteira, os velhos (Vera Holtz, José de Abreu e Carlos Vereza nos papeis de Lucinda, Nilo e o pai da Carminha), todos   estão magníficos nas interpretações, mas sem exceder o que se espera do elenco da Globo.
        O que posso dizer como telespectador é que a novela andou entediando, repetindo, enervando nas impossibilidades se comparadas as da vida real, mas que vai chegando ao final prometendo algumas belas surpresas, o que somente não esperamos e como virou moda, o vilão saindo vencedor. Avenida Brasil agradou e ficará na história até o vale a pena ver de novo.
        Como também ator deixo aqui meus elogios e reverências para Adriana Steves como a Carminha, Débora Falabela, como a Nina/Rita, para o Murilo Benício e para Marcelo Novaes, que se destacaram dos demais nas interpretações. dramáticas, o grande sentido das interpretações em dramaturgia,
                       Marcelo Novaes na pele de Max

De
Arlindo Duplo


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