quarta-feira, 26 de setembro de 2012

12 DE DEZEMBRO DE 2012




Profetas e falsos profetas atestam o fim do mundo para 2012.
Profecias Maya escritas em sinais atestam o grande final para o ano de 2012
Modificações climáticas contundentes no planeta revelam estranhos presságios.
Nunca revelada uma parte das estranhas profecias dos Mayas fala de sobrevivência ao apocalipse, citando que sobreviverá aquele que tiver o coração puro e que amar a natureza, mesmo tendo que lutar dentro dela, virgem e incalculável, pela  continuação da vida humana no novo começo.



Não sei porque acordei com o sonho insistindo em ser relembrado em minha cabeça e vendo todos os dias diversos noticiários sobre como anda nosso mundo atual, isso me preocupa. Sente-se claramente a falta de calor humano entre os povos, a cada dia algo acontece desastroso no mundo, o clima do planeta parece modificar a cada estação e as consequências surgem aleatórias, terremotos destruindo vidas e paisagens, maremotos, vendavais, furacões, geadas, neve onde antes nunca existiu, enchentes destruindo lares e vidas, entre tantos desastres e no meio desse caos intercalado, o homem a cada dia mais desprovido de atenção, amor ao próximo, solidariedade, justiça e outros pecados, envolvido em ganância e amor pelo poder e pelo dinheiro, repetindo o que sabemos das histórias antigas de grandes civilizações.
Esta emana os noticiários são críticos e apontam para fenômenos surreais acontecendo mundo afora. Na áfrica, sem explicação bandos de animais estão migrando para regiões mais altas, deixando seu normal habitat para outros nunca procurados, tentando galgar alturas como se lá estivesse uma salvação. Em várias régios do mundo bandos de pássaros e aves estão deixando seus normais territórios em busca de lugares onde nunca freqüentaram, e em todo o mundo animal, esses seres menos coincidentes, começou uma espécie de êxodo.
Hoje o dia está lindo, mas faz muito calor e não há vento ou brisa, mas tudo parece normal. De minha casa posso ver ao longe as montanhas de Itatiaia e lembrando do que tenho visto ou sabido nas notícias diárias, me pergunto se em caso de um dilúvio como mostrou o filme 2012 , para nós do Rio de Janeiro elas não seriam a arca de Noé.  Porém logo sorrio de minha alucinação e balanço a cabeça pensando... O fim do mundo, é para quem morre.
Uma notícia importante parece invadir os canais de televisão e eles, quase simultâneo anunciam um deslocamento gigantesco nas geleiras da Antártica e outras no Pólo Norte, um fenômeno comum que desta vez vem exagerado na proporção e prometendo inundações.  Volto-me para o céu e vejo que os pássaros de meu quintal não apareceram, não voam à vista, que há um estranho silêncio em tudo a minha volta, afora o barulho normal provocado pela presença humana. E música continua tocando nos rádios, e tudo parece normal.


E de minha casa posso ver o Cristo Redentor, que no filmo 2012 não foi totalmente submerso e penso. Se para lá fugisse o homem no desespero da sobrevivência, quantos lá permaneceriam  em tão pequeno espaço para uma população e resistiria a natural selvageria do salve-se quem puder?  Tremo só de pensar em ter que fugir para lá.
Mas porque esta opressão, este temor, este sexto sentido que acordei sentindo?
Brincando chamo minha mulher e pergunto para ela:

--- Caso o Rio de Janeiro afundasse em água do mar, você fugiria para o Cristo redentor ou uma montanha qualquer que não submergisse?

E ela me responde, para meu espanto porque sempre desejou viver e teme a morte.

--- Não sei... Não quero morrer, mas como seria sobreviver em um mundo novo semi destruído e sem os confortos a que estou acostumada. Seria isto válido? Detesto o cheiro da morte e se sobrevivesse a essa catástrofe, como seria depois antes do que tudo voltasse a ser limpo outra vez? E a batalha pela sobrevivência depois em um mundo com tão pouco para dar, como seria, inferno ou paraíso?

Fico parado, pensando, e também não sei se seria válido ser um dos sobreviventes, conseguir me escondendo em algum lugar alto e a salvo dos desesperados humanos tentando um lugar de salvação, depois o silêncio total a que não estou acostumado, a falta de tudo que conheci enquanto até hoje vivi,  me ver sozinho ou com poucos sobreviventes em um meio de mato, vendo água a todo o redor, corpos apodrecendo, sentindo fome por não poder comer carne crua, sendo um novo Robson Cruzoé.

São apenas dez horas da manhã do dia e sem querer olho o calendário e vejo a data 12 de dezembro de 2012. e recordo então da profecia e sinto medo, um medo anormal nunca sentido antes.

Pego o telefone e ligo para minha irmã que tem oitenta e quatro anos e quando ela atende, pergunto a ela se caso o mundo fosse acabar e ela tivesse chances de sair de casa e ir para um lugar mais alto, se faria isso. E ela rindo diz que não, que já viveu o bastante e que lutar pela vida agora era idiotice. Completa dizendo calma e desacreditada.

--- Se o mundo fosse acabar hoje, esperaria aqui em meu lar, pelo meu fim.

Desligo o telefone e olho ao redor, há muita estranhes ao meu redor, olho para minha mulher e ela continua fazendo o almoço do dia, lá fora um caro passa e há musica saindo de seu interior, tudo está completamente normal para uma manhã sem vento, de forte calor e nenhum ruído de pássaro... Mas porque este medo enorme ainda continua?

Hoje, dia 12 de dezembro de 2012, uma bela manhã que acordei com medo, o dia anunciado para o fim do mundo.

Por Jorge Curvello

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não desmereça a Internet com palavras chulas.
Obrigado