segunda-feira, 29 de agosto de 2011

POR UM MUNDO MELHOR

Era uma vez um ser que sonhou ser compreendido por todos
Era uma vez um ser que errou ao assim sonhar
Era uma vez um homem, talento desperdiçado
Que o mundo jogou fora, sem aproveitar

Pudera por todos ser compreendido
Haveria talvez que ao mundo mostrar
Que a dor, o triste e o feio se assim existe
É para nos fazer ver, fazer e entender
Que é preciso o mundo mudar

De nada adianta fugir da verdade
Se ela nos está sempre a castigar
Por nos omitirmos em nosso egoísmo
De a dor dos outros, achar feito, ferir,
E não poder aceitar.

Por Jorge Curvello

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SAIR DO ARMÁRIO


Sair do armário: É uma expressão que descreve o anúncio público da orientação sexual ou identidade de gênero de alguém, ou de si próprio..

Estar no armário: Significa ter algo guardado em algum móvel ou utensílio doméstico ou permanecer na eterna duvida do ser ou não ser?

Mas a grande verdade é que com a atual evolução social o homem têm se revelado homo ou bissexual, enfrentando abertamente críticas, condenações ou elogios sem mais se importar com decência e cuidados.
Antes a um grande agrupamento de homossexuais se dava o nome de sem-vergonhice, hoje é chamado de parada gay., se antes se recriminava ou agredia-se, hoje se venera e faz-se apologia ao ser que sem culpas nasceu com seus hormônios alterados. e com isso, a cada dia mais, cada ano mais, sair do armário significa a libertação da prisão infernal dos sentidos e desejos.
Porém o mais provável é que jamais alguém ficou preso em um armário por causa da vergonha ou temor e cada um na sua intimidade sempre foi liberto, nem que fosse somente dentro da mente a viver  fantasias. e o que acontece agora é que, após tomar coragem para abrir a porta do armário e pular para fora, expor-se de quem realmente é, se exagera, se escandaliza e se desvaloriza na mistura do que pensa ser o certo, fazendo  errado, rindo daqueles que fazer tudo isso não conseguem.
Pergunto o porque da mudança se antes era tão melhor ser ou não ser, fazer ou não fazer, gozar ou não gozar dessa liberdade incrível e justa, mas que desvaloriza e envergonha quem não aceita? Antes se fazia  o que hoje se faz na luz do explicito, no mato, entre quatros paredes de um hotel, no banheiro  ou no quarto de dormir e raramente era feito a mais de dois.  Assim feito então devia ser mais verdadeiro, mais gostoso,  mais completo porque era de fato troca de emoções. Porém hoje se faz em qualquer lugar e na frente de quem quiser olhar, em grupo ou solitário porque mesmo acompanhado se perdeu a verdadeira emoção e ficou somente o ato, o gozo provocado pelo contato e o trabalho da mente na excitação. Comparado aos modernos casais que hoje se unem mais pela necessidade de companhia, assim é o sair do armário dos retardados que pela falta de coragem deixaram apodrecer em suas vidas os melhores anos de sua homossexualidade já que os novos homossexuais, jovens na maioria, já nasceram com este armário de portas escancaradas.
E quanto marido fiel e dedicado abre sua porta de armário para a infelicidade da tentativa van de ser feliz com outro alguém do mesmo sexo quando somente seu corpo deseja e sua alma repudia? E quantos solteiros não se acasalam mais com mulheres depois que provam do fogo desse pecado e se julgam contra indicado a uma relação duradoura com uma mulher? E porque tão poucos na ilusão do par perfeito se iludem, acasalam e dão certo com outro semelhante vivendo vida marital porque  ninguém está dentro de ninguém para saber o que para alguém é melhor?  Ah dúvida cruel?
O que posso pensar é que em cada dia mais o mundo gira e muda, a cada tempo mais ele nos mostra facetas de que fora de armário ou não o que hoje existe sempre existiu e o que faltava era a liberdade de ação e o desprezo dos conceitos da moral que proíbe, regula, aconselha e instrui a se encontrar e viver a verdadeira felicidade.
De uma coisa eu tenho a certeza, se Deus fez o homem e a mulher, certamente  que houve uma justa razão e se deixou o homem inventar o armário, também, mas garanto que jamais lhe informou que saindo de dentro dele, deveria fazer como faz. nem a sua sociedade de aceitar, do modo que aceita e torna vulgar o ato mais gostoso da vida, o sexo.

História real de um Joãozinho.

         Era uma vez um rapaz que nasceu criança e enquanto criança sofreu da incompreensão alheia e de desejos não esclarecidos. Chamava-se João como tantos Joãos e viveu a infância dos anos sessenta, a adolescência dos anos oitenta e se tornou homem no ano 2000.
Joãozinho, o frágil que de frágil nada tinha,  quando garoto ao mesmo tempo em que desejava seu semelhante o repudiava se ele o tocasse, ficando no limbo da ação e da aceitação por toda a infância e parte de sua adolescência, e como hoje se diz, trancado no armário. Um belo dia Joãozinho despertou de sua inutilidade sendo como era, castrando seus desejos em nome da moral de uma sociedade que com ele não se importava, mas castrava, e então foi à luta, abriu a porta de seu armário e voou para o que pensou ser a sua castrada liberdade. E foram anos de vida, aventuras, procuras e descobrimentos, aqui e acolá saltitante nos braços de outros homens,  sentindo o prazer que tanto sempre desejou e nunca teve antes a coragem de provar. A mentira da dor física não foi comprovada diante do prazer maior, a verdade dos perigos para ele nunca aconteceu por sorte, e a promiscuidade tomou conta de seus atos, primeiro escondido, depois mais mostrado sem testemunhas que não fossem de seus iguais. E o Joãozinho cresceu, gozou, viveu, provou e desiludiu sentindo que fazer aquilo era muito melhor quando espiado das frestas do seu armário em sua  mente  fantasiosa porque depois de provado e usado foi como uma fruta que se comida demais acaba enjoando, e então Joãozinho descobriu que se não nasceu de todo contaminado, ainda tinha cura para sua doença e então parou, não evitou, não recriminou, não afastou a tentação deixando tudo correr livre sem castrar, apenas estudou, mediu, calculou da vantagem e desvantagem de ser o que tantos procuravam e continuam procurando, o ser do não ser. O melhor a fazer era ver até onde o prazer continuava após a satisfação do desejo criminoso, até onde e por quantas vezes jurado de não mais, ainda repetido, esse prazer valia a pena. E um dia ele achou a receita certa para não mais sofrer  ou se culpar, uma mulher, duas, três, várias, porém mulher que era realmente o que ele gostava.
         Rindo do mundo depois de que se convenceu de sua verdadeira identidade, nunca renegou para si ou terceiros ser o que foi e o que é, mas jamais se classificou como sendo por seus sentimentos antes conflitados e  hoje esclarecidos como um enrustido ou enganado. Joãozinho descobriu com o andar da carruagem que tudo que é demais enjoa, e que a medida certa nunca esteve em seus desejos, mas na sua consciência de querer de fato ser feliz, o que hoje, vendo tantos pularem fora de seus armários para sofrerem a dúvida do estar fazendo o certo ele compara consigo e se sente, feliz por haver se reencontrado.
         Joãozinho se diz ter sido promíscuo, mas sabe que o que foi era estudioso, Joãozinho  conheceu de tudo, fez de tudo, gozou de tudo, mas sempre soube o que buscava naquilo tudo e nunca foi a ilusão. O que Joãozinho descobriu sendo finalmente o que não tinha sido? Descobriu que o pior castigo do homem é mentir para si mesmo.
         E o que Joãozinho hoje acha dessa relação e abertura espantosa ocorrendo no Brasil, dessa aceitação toda e apologia?  Uma pouca vergonha e um mal exemplo aos que ainda precisarão sair de seus armários.  Que deixem a natureza falar por si sem a contaminar ou lhe impor regras e costumes.

Postado por Jorge Curvello
Colaboração de João M. F. Pessoa

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O LULA MORREU


Deus e o Diabo brigam porque nenhum dos dois quer ficar com ele.

Sem acordo, pedem a mediadores uma solução,
que decidem por uma proposta que se alterne
um mês no céu e outro no inferno.
No 1° mês, Lula fica no céu.
Deus não sabe o que fazer, quase fica louco.
O metalúrgico bagunça tudo.
Atrapalha todos os elementos das orações e da liturgia.
Dissolve o sistema de assessoria pessoal dos anjos,
tenta formar uma coligação de maioria absoluta,
na base da compra de votos.

Suborna os arcanjos e os querubins.

Transfere 1 km2  do céu para o inferno.
Nomeia anjos provisórios aos milhares.

Intervém nas comunicações aos Santos.
Troca as placas das portas de São Pedro.
Envia um projeto de lei aos apóstolos
para reformar os Dez Mandamentos e anistiar Lúcifer.
Funda o PTC, o "Partido dos Trabalhadores Celestiais",
com estrela azul clarinho.

 O céu vira um caos.
As pessoas não o suportam mais e promovem piquetes e invasões.

Deus "reza" para chegar o fim do mês e mandá-lo para o inferno..

Quando Lula, finalmente, se vai, Deus respira aliviado. 
Mas lá pelo dia 20, começa a sofrer novamente,
pensando que dentro de 10 dias terá que voltar a vê-lo.
No primeiro dia do mês seguinte nada acontece
e Lula não volta do Inferno.
No 5° dia, nenhuma notícia.
Deus estava feliz, mas logo começou a pensar que,
tendo passado mais tempo no inferno,
Lula poderia querer passar dois meses seguidos no Paraíso...
Desesperado com a mera possibilidade,
Deus decide ligar para o inferno
para perguntar ao diabo o que estava acontecendo.
Ring...ring...ring...!!!
Atende um diabinho e Deus pergunta:
"Por favor, posso falar com o Demônio?"
"Qual dos dois?", - responde o empregado -
"O vermelho com chifres
  ou o filho da puta sem um dedo?"


Repassando da Internet
responsabilidae anônima

terça-feira, 9 de agosto de 2011

VARIG PP-VLU – DESTINO: DESAPARECIDO EM VÔO

           

Terça feira, 30 de janeiro 1979, ,manhã fria e clara no típico dia de inverno japonês. Sauders, co-piloto ou segundo oficial de bordo jovem da Varig pernoitando em Tókio num hotel acorda e pega o telefone discando o número da portaria que o transfere para um dos quartos acordando outro co-piloto sem colega recém chegado algumas horas antes àquele hotel. Deitado de barriga para cima olhando  teto ele ouve a voz do amigo e pergunta.

--- E aí marinheiro, qual avião você trouxe?

O outro, com voz de sono responde.

--- O PP-VLU.  ---- e emenda uma pergunta --- E aí comeu alguma “vesguinha” nestes dias em Tókio?

Vesguinha era como os tripulantes brasileiros chamavam as japonesas e Sauders riu, mas nada respondeu. Depois a conversa técnica continuou sobre o avião, a rota e a carga que ele iría levar para o Brasil, distante dali no outro lado do mundo.

Horas mais tarde a bordo daquele avião carregado de carga nos porões e na cabine transformada Saunders sentado à direita no cock pit vendo painéis iluminados respondia ao cheque perguntado pelo comandante do vôo Gilberto Araújo, um homem que não fazia muito tempo teve a vida ameaçada ao pousar outro avião B-707 em Paris, em um campo de cebola pressionado por incêndio a bordo que matou mais da metade dos passageiros e da tripulação. E atrás deles dois outros dois tripulantes componentes daquela tripulação composta, de pé sorriam e conversavam com um engenheiro de bordo sentado diante de uma mesinha pequena cheia de papéis e instrumentos de navegação, era a varig voltando para casa.
Era o início da viagem de volta do Boeing cargueiro da Varig para o Rio de Janeiro passando por Los Angeles nos Estados Unidos e Lima no Peru, uma viagem de sete horas presumíveis com vento de popa empurrando o avião e que para aqueles ali dentro dele seria interrompida em LAX, sigla da cidade dos Anjos na América, local onde haveria troca de tripulação.
Silvando em seus quatros motores o jato aguardava em um setor do aeroporto de Narita a liberação da torre para a decolagem e quando ela ocorreu começou a se movimentar devagar rumo a cabeceira da pista indicada, passando com a rosa dos ventos pintada iluminada na sua quilha por entre outros aviões estacionados no pátio até alcançar a pista e decolar, começando ali uma viagem sem fim diagnosticado. O jato carregava entre sua carga uma valiosa coleção de quadros de um pintor famoso avaliada em milhões e dentro dele seis seres humanos contentes, completos e realizados em seus sonhos de tripular um avião.
A decolagem de Tókio foi perfeita, o avião embicando para um céu enevoado e vencendo a neblina até se posicionar em meio a um cenário divino estrelado, tendo abaixo um oceano imenso e negro que não aparecia mais e acima dele a imensidão de toda uma galáxia. Os poderosos motores funcionavam a contento gastando um combustível previamente tanqueado e com capacidade de o conduzir até além de LAX porque assim são tanqueados os aviões Pouco depois a cabine de comando já vazia sentia a falta dos tripulantes reservas que depois de comer haviam se recolhido ao sarcófago, o apelido do alojamento de descanso para eles situado logo atrás daquela apertada cabine. Na cabeça de Sauders surgiu um pensamento, o de como estaria se sentindo novamente em comando de um avião aquele homem que praticamente acabara de escapar da morte a bordo de um jato semelhante causador sem culpas da morte de diversos passageiros e tripulantes?

O céu aberto à frente anunciava escuro o marasmo de horas de prisão, horas deixadas à vontade para alguma conversa habitual, cismas, sonolência ou labuta intercaladas, horas de sempre para quem estava acostumado a voar e ser prisioneiro de um avião. Abaixo deles e muito para trás uma torre de comando japonesa mantinha o VLU sob controle de fonia monitorando seu avanço, mas de súbito a comunicação sumiu da frequência e não mais se anunciou como devia, começando então em terra uma seqüência de avisos, chamadas e providências para o localizarem diversdas inúteis tentativas o cargueiro da Varig, tentativas doloridas que se estenderiam dali até o Brasil e a América do Norte, por mais dez dias com auxílio de turma de busca e salvamento sem nada encontrar poque o Varig PP-VLU desapareceu.
Dias depois e sem vestígios daquele avião sendo achado em uma área abrangente do possível de seu trajeto as suposições surgiam desordenadas e meses depois viravam teses fantásticas de que ele havia desaparecido por diversas razões. Um profeta dizendo ter o VLU caído na região gelada do Àrtico em parte nunca antes navegada,  outro dizia ter o avião sido sugado por um disco voador e outras pessoas mais realistas suspeitavam dele ter sido abatido por jatos russos tentando proteger um segredo de estado em uma área vizinha a de seu percurso. De todas a menos surreal era a que apontava para a possibilidade do avião ter sofrido uma súbita descompressão de cabine e toda a tripulação sido morta  pela falta de oxigênio,  ficando então o VLU sem pilotagem humana o jato vagando no espaço imenso  seguindo para um lugar onde jamais o poderiam encontrar após esgotar todo o seu combustível  e possibilidade de vôo.
Mas antes disso tudo começar a acontecer e a trinta minutos fora de Narita no Japão, a mais de dez mil metros de alturas sobre um mar negro e um céu pontilhado de estrelas, uma tripulação de três homens uniformizados driblava o sono ou a expectativa de uma aterrizagem sabida ainda longe demais. Mais para trás deles outros três  trajando  sungas porque assim se comportam os tripulantes dentro de um avião cargueiro onde podem abandonar as etiquetas e deveres com a sociedade ficando a vontade, seminus como quase todos os homens gostam de dormir,  começavam um farto período de descanso alheios a uma sorte duvidosa lhe ameaçando desconhecida através dfe uma escotilha com rahaduras que se alargavam a cada avanço voado.  E o resto era silêncio e carga inerte dentro de iglus, objetos inanimados e sem almas inerentes a sorte que lhes cabia ignorando a fenda se alargando na vigília da direita da cabine de comando do Boeing em seu lado externo, um silencioso prenuncio de morte.
 Ignorando o perigo Saunders olhando para os instrumentos oscilantes pensava de como era palhaço e brasileiro aquele colega de vôo que agora dormia em Tóquio talvez sonhando com uma vesguinha japonesa e o invejando poder dormir na horizontal, tendo ao lado a figura simpática de Gilberto Araújo talvez pensando no acidente de que escapou em Paris e imaginando como seria ter morrido nele. Logo atrás dele e ao lado direito o engenheiro de bordo olhava os sismógrafos sabe-se se lá com que pensamentos em horas primárias de uma longa iagem noturna que lhe deixaria em terra no mesmo dia da partida do Japão em horas de seu começo,  começando a entediar sem nada ter que fazer a mais do que saber por onde estavam voando, levantar quando em vez para pegar um café, ir ao toalete e voltar a seu posto para continuar a inexorável espera.
 Um pouco à frente dele à vigília começava a ceder à pressão interna, aumentando o grau até ele ficar insustentável de resistência e então explodir arrebentando o suporte de proteção do outro painel que saltou no ar deixando em um curto espaço de tempo que todo o ar contido dentro do avião esvaísse por aquela pequena abertura levando o que podia e principalmente todo o oxigênio da aeronave ao mesmo tempo em que um frio mortal de mais de cinquenta graus negativos invadia o cock pit começando a matar aqueles seres viventes.
Não houve tempo para mais nada além do susto, apenas enrijecimento dos músculos e pulmões murchos sem ar para sugar, corpos esfriados como gelo passando da vida para a morte sem sentir e no sarcófago o mesmo acontecia com os outros três, esfriados e tendo o sangue congelado em questão de minutos.
Sem mais governo ou controle humano o Boeing começou uma mudança de rumo se afastando da rota traçada, se perdendo no espaço sobre o oceano Pacifico, voando até seu combustível terminar. Longe dali em algum lugar uma mulher acordou sentindo no peito uma terrível angústia, levou uma das mãos ao coração e rezou sem querer uma Ave Maria voltando a tentar dormir sentindo aquele peso angustiante e uma saudade anormal de um marido ausente em sua cama que sabia trabalhando a bordo de um avião, esperando por ele como fazia há muitos anos.
O sol da  manhã iluminando a paisagem desértica de Los Angeles não refletiu no corpo metálico do VLU em sua aproximação para o aeroporto e os telefones de uma sala de controle estavam permanentemente ligados com o Japão  de onde desde a noite da véspera veio o aviso de que o Varig PP-VLU desapareceu. No Japão diversos barcos, helicópteros e aviões militares e civis procurava avistar destroços de alguma aeronave no mar, manchas de óleo sobre a água ou qualquer vestígio que levasse a uma explicação do desaparecimento do VLU, mas nada foi encontrado. Desz dias depois eram dadas como encerrada as buscas e a a varig cabia prestar socoro aos familiares dos tripulantes desaparecidos e lamentar a perda de um bonito avião. Viúvas ainda choravam o desaparecimento dos maridos imaginando na esperança vã de um dia os ver entrando por uma porta ou telefonando de algum lugar, para elas, náufragos sobreviventes que o mundo não esquecia e geravam suposições  advéersas e inusitadas.
Um profeta anunciava o VLU caindo em região inóspita do pólo Ártico, um outro dizia o avião ter sido sugado com seus tripulantes para dentro de um disco voador e alguém presumia o VLU ter sido derrubado em pleno vôo por se aproximar demais de uma área em teritório russo onde estava sendo feito uma experi~encia secreta. E de todas elas a mais aceitável dizia o avião ter sofrido uma descompressão que matou instantaneamente sua tripulação e ter vagado pelo espaço até acabar sua força e se perder no mar longe de qualquer ponto imaginado, mas a verdade nunca foi descoberta e o mistério continua.
Naquela manhã de 14 de setembro de 1979,  a mais de sete horas após a torre de controle perder contato com uma das aeronaves decoladas do narita, sem ninguém saber um avião tendo uma rosa dos ventos tatuada na calda vagava quase que silencioso por sobre o oceano, longe de olhos humanos ou de animais, sozinho nho espaço que cada vez mais o atraia para o mar, aparado talvez por mãos invisíveis de anjos  que o fez silenciar de vez e amerisar inteiro no pacífico logo sendo escondido por suas ondas, sem deixar marcas, sem deixar vewstígio. Tratavam os anjos de dar sepulura nobre a seis anjos sem asas, Icaros da aviação comercial que um dia sonharam em ganhar o espaço e nele viver, morrendo então pela andácia, mas xcontinuando vivos porque seus corpos jamais seriam encontrados.
 Muitos anos mais tarde ainda lembrados, uma viúva olhava no céu um avião passar em uma noite fria de setembro igual aquela de 1979 e de seus olhos brotavam lágrimas, lágrimas de saudade eterna e da falta do marido morto que lhe deixara um benefício que agora como o marido estava lhe sendo roubasdo, a pensão do Aérus, um órgão criado pela dona da Rosa dos Ventos  e ironicamente a do cargueiro PP-VLU que lhe roubou o companheiro.
 E a mim de meu pequeno posto de lembraças me resta dizer adeus ao comandante Gilberto Araújo heroi por duas vezes, adeus ao meu amigo Saunders segundo oficial que sempre estimei e admirei, adeus ao Gusmão, aos seis heróis descansando em algum lugar seguro e invisível, na terra e no passado, mas sempre relembrados no presente de cada um de nós tripulantes da Varig.



E em algum lugar arquivado nos órgãos do Ministério da Aeronáutica um laudo descansa dentro de uma pasta intitulada:  Varig PP-VLU – DESAPARECIDEO

Autoria do,
Comissário de bordo Curvello

sábado, 6 de agosto de 2011

O CULPADO FOI ADÃO

                  

O culpado foi Adão
Primeiro homem no mundo
Que veio pra aproveitar
Mas que virou vagabundo

O culpado foi Adão
Que pediu ao Pai de uma costela
Fazer a companheira dele
Pra depois lamber a panela

O culpado foi Adão
Que de olho na maçã
Mas que comeu foi a Eva
Uma safada cortesã

O culpado foi Adão
Que na Eva fez dois filhos
Pra se matar por inveja
Começando o nosso caudilho

O culpado foi Adão
Que estragou toda uma humanidade
Por uma simples xoxota
Jogando todo mundo na maldade

O culpado foi Adão
Que dito a semelhança Divina
Dele só herdou a imagem
O resto o capeta domina

O culpado foi adão
A quem foi dado livre arbítrio
Essa coisa maliciosa
Que põe o homem em conflito

A culpado foi Adão
Que sozinho cansou de ser
E pediu uma mulher
Enganando ao Pai ser companheira
Quando queria mesmo, era foder

Diabo de Adão traiçoeiro
Que podia ser melhor
Não fosse ele ser homem
E de todos os animais, o pior.



Por J M Curvello

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

DO QUE O BRASIL PRECISA ?

  De vergonha na cara e coragem de ir a luta por seus direitos de cidadão que elege, paga impostos e sofre com o comando daqueles que estão no poder justo para nos dar ao contrário, proteção, atenção, assim como direitos e cuidados.
O Brasil precisa de que alguns poucos no poder decidam pessoalmente por nós maquinados em um sério complô de aprovações e apoios aos interesses únicos do que julgam ser o correto, esquecidos dos que lhes mantém em prol de egos e corrupção permitida em um meio que deveria ser ficha limpa e transparente.
Tantos são os escândalos envolvendo uma corja de maus políticos que assusta, tantos são os finais encobertos e disfarçados de punição que revolta, tantos são os retornos de quem um dia pecou sob a afirmação proposital de que se emendou e se arrependeu do que fez, mas somente para fazer novamente e pior.
Vivemos debaixo de uma ditadura disfarçada de democracia onde o menor perde sempre para o maior, vivemos debaixo de supostos cuidados que a nada levam a mais do que enriquecer quem deveria ser pobre até por falta de merecimento e cultura. Tantos são nossos vereadores sem estudo ou capacidade, eleitos pela simpatia de amigos ou interesses dos partidos, paus mandados que deles se tornam. e o Brasil caminha a passos largos para o desamor de seu povo e revolta contida em coração de pacificador quando deveria ser de guerreiro.
Recentemente a Globo exibe uma novela onde vários desses problemas estão sendo exibidos a população, mas infelizmente o escritor, ou escritores deste sério tema se preocupa mais em mostrar a realidade do que passamos hoje, sem antever que fazem apologia em vez de corrigir. Na trama bandidos fazem os que o da realidade consegue quando deveriam sucumbir diante de justa justiça, caracteres diversos são nos apresentados em personagens fictícios os aproximando de uma triste realidade atual, mas para eles o castigo não vem, como na cruel realidade do nosso dia a dia e isso excita aos donos reais desse tipo de caráter                                                     a praticarem os atos mostrados na televisão que pode e deve ser tomada como professora dos costumes pela imitação de seus telespectadores, dos maus e dos bons costumes                . A principal intenção do autor ou é nos mostrar como o Brasil caminha, mas descamba para também mostrar como ele acaba onde deveria mostrar a solução justa e digna porque ela existe dentro da lei que nos rege e de todos nós, pessoas de bem.
Se uma voz se eleva e consegue quorum é abafada pelo poder daqueles que se julgam os donos da verdade, pobres ditos “ofendidos”, quando vestem carapuças até o fundo porque o ditado diz que o que incomoda, é porque ameaça. Se alguém tenta fazer justiça corre o perigo até de ser apagado do mundo dos vivos ou atuantes, relegado a um esquecimento  baseado na memória do povo que é curta. E nada disso deveria ser assim ou precisa ser assim, mas sim ao contrário quando tantos exemplos no exterior nos são mostrados do que é a luta pela conquista.
Somos o país dos “jeitinhos” e “manobras”, somos pais onde é melhor receber pouco do que nada, aceitar tudo do que contestar, fingir que não vê e não sente em nome da comodidade.  O que somos nós afinal?
Todos os dias os jornais e a televisão nos conta do mundo e somente neste país nada acontece porque se acontece é mostrado diferente após séria  especulação de como irá refletir. Somos um país de covardes assumidos na valentia, um país que bem merece a sorte que tem, oriundo de uma colonização mesclada de ladrões e assassinos que aqui deixaram essa maldita herança em graus de genes diferentes, mas existentes dentro de todos nós. Qual de nós nunca se apossou de algo indébito por mais insignificante que fosse e não gostou?  Quem nunca fez isso que atire a primeira pedra.  E por causa disso temos é que temos no poder gente boa e gente ruim, colocada junta onde estão, por nosso comodismo, preguiça, interesse miúdo e desinformação.  E pensar que o Brasil poderia figurar entre os mais ricos e belos países do mundo!

Kleber Machado

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

QUE PAÍS É ESSE...?

Que país é esse que fala em democracia e censura ou condena, que impede e tira do ar, que rasga e joga no lixo a voz do povo? Que país é esse onde dizem termos direitos a ir e vir, mas nos retém com rédeas nos dizendo onde e como caminhar? Que país é esse da liberdade da imprensa que somente pode falar o que não machuque muito ou agrade? Que país é esse onde nasci, cresci e ainda não morri mesmo vendo tantos descalabros?
Esse é o nosso Brasil, Brasil da liberdade controlada se a carapuça serve na cabeça, da busca desenfreada por  aparências onde o tapete da verdade é sobreposto por um da mentira, é o Brasil onde vivemos e morremos sem mais conseguir sentir amor à pátria.
Hoje acabo de saber que um rapper chamado Tonho Crocco
http://www.youtube.com/watch?v=SukPLNWgY7M teve seu vídeo censurado e música também porque fala o que todos nós sabemos e eles também, que canta a vergonha do que país é esse em outra versão do que já foi cantada por Cazuza. E ao ver e ouvir a letra da música não me arrrepiei pelo conteúdo, mas sim pela coragem de um brasileiro quase que sozinho tentando acordar seus irmão, dorminhocos com medo, dorminhocos com preguiça, dorminhocos na maioria que nem seu vídeo se interessa de assistir, que na certa não o ajudará caso seja condenado por algum juiz moralista da mentira porque o que ele cita é pura verdade. Mas afinal, que país é esse?
Vivemos no fundo do poço da preguiça, covardia e indisposição a guerra e a luta pelo direito verdadeiro de poder falar o que se deve, mostrar para o mundo o que escondem, acordar esse povo dorminhoco que dormindo espera o próprio fim.
Mas que país é esse então?

Por Jorge machado Curvello

O LIVRO VERDADE "VARIG - OCASO DE UMA ESTRELA"

AFRICA - CONTIN ENTE ESQUECIDO - SWINGER CANTA COM MIRIAM MAKEBA

E NADA SE FAZ... OU NÃO PODEMOS FAZER

                

O planeta pede socorro, mas nada se faz, a política estraga os governos, e nada se faz, os jovens pedem ajuda, e nada se faz, o ser humano a cada dia decai mais, e nada se faz. Onde anda o amor ao próximo, o respeito, à vontade de crescer, de vencer, de lutar pelos direitos de todo cidadão? Nada se faz.
Antes o Brasil país era protegido de furacões, tornados, terremotos, mas não e mais e nada se faz para proteger suas vítimas. Antes se podia comer com pouco dinheiro, viver mais feliz, ser gente e ter dignidade, e hoje nada se faz pelo retorno. O que mais se vê nas telas da televisão são mentiras enganosas, permitidas em nome do dinheiro, e nada se faz para coibir, exigir que ela entre em nossas casas e exemplifique nossos filhos, a moral e não a mentira e a indecência... E nada se faz.  Os partidos políticos se dão ao direito de invadir nossos lares com propagandas mentirosas, convites obscenos de tanta pouca vergonha, e nada se faz parta derrubar a lei que os protege nisso e em tudo mais.
Não há mais em quem se confiar, nos políticos, nos governantes, nos direitos, nos juízes, nas promessas, no vizinho, em nossos filhos, em nossos companheiros, e nada, absolutamente nada se faz.  Porque será?
Será que hoje o viver significa existir anônimo a todo o sofrimento alheio, anônimo a tudo que nos prejudica, anônimo até de nós mesmos porque não ha cérebro que não pense e reflita ao contrário, cabeças em travesseiros que não meçam o próprio prejuízo de ser como se é? É difícil, mas isso existe e nada se faz para mudar, cobrar, obrigar e tentar uma vida mais decente e justa onde todos, senão igual, mas onde todos possam ter seu lugar ao sol mesmo que um sol diferente brilhando no céu da vida. Sozinho não se pode mudar o mundo, mas juntos ele seria nosso paraíso, mas nada se faz.
De tanto ouvir, ver acontecer, e esperar em vão começo a pensar que nada se faz porque não podemos fazer e isso é triste e pior do que apenas nada fazer porque então derruba a propagada democracia, o direito de ir e vir, de pensar por si enquanto por todos, querer uma vida melhor e um mundo melhor antes que chegue ao final. E seguindo para meu final vejo ao meu redor a desesperança cada vez mais crescente  de poder levar dessa droga que me impuseram, uma eterna e boa lembrança do meu povo, povo brasileiro, povo gado de corte.

Postado por um velho decepcionado.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O DIA EM QUE MEU MUNDO ACABOU.

                      

Eu me chamo Carlos e sempre ouvi histórias de que o mundo um dia vai acabar, que em outros períodos que acabou para a maioria dos seres vivos sobre a Terra através de um cataclismo, o do período jurássico citando nas suposições dos cientistas como um grande meteoro havendo se chocado de encontro ao nosso planeta e extinguido a vida sobre ele quase que totalmente. Agora vem os símbolos Astecas mostrando um novo final para o ano de 2012 e até filmes sobre ele já foram feitos imaginados de como será e então o fim do mundo continua sendo temido pela maioria dos habitantes dessa nossa linda Terra que enquanto isso não acontece nos mesmos  a destruímos sem lhe respeitar.
Há também a crença de que o mundo acaba para quem morre, os céticos acreditando tudo terminado ali e os menos céticos acreditando de que existe mesmo outra vida após a passagem e isto em diversas teorias porque até hoje ninguém pode provar e os mortos não falam.
Para ser sincero eu não sei o que aconteceu comigo, estava bem, alegre, distraído, ia para uma festa quando, de repente, o meu mundo acabou e foi tão de repente que não acreditei.  Eu me via ali, deitado naquele asfalto frio, imóvel, meio desengonçado na posição, vendo carros passarem espremidos em um corredor de gente e um policial tentando organizar. Eu estava ali sozinho, sem sentir medo, dor ou qualquer coisa, apenas caído, mas estranhamente escutando, vendo e sentindo como nunca antes havia podido usar estes sentidos em toda a vida.
Ao meu redor pessoas choravam, outras olhavam, outras até sorriam e eu sabendo de tudo que pensavam, ouvindo tudo que falavam por mais sussurrante que a voz fosse, sentindo tudo que sentiam como se deles todos eu fizesse parte. E havia um bêbado pregando a cachaça, dizendo que se beber se morre e se não beber também e ele era simplesmente gozado. Ao lado dele uma mulher reclamava daquilo que acusava ser desrespeito, pedia providências ao guarda que parecia ocupado demais para prestar atenção em mim. Mais adiante não sei de onde alguém zombava de minha posição achando patética, mas havia uma expressão de dor em seu olhar fingido, talvez para impressionar alguém mais lhe olhando. Ah, quanta falsidade.
 Em outro lado alguém chorava alto, parecia histerica, falando meu nome sem parar e comicamente me perguntando porque eu havia me ido. Mas ido para onde, como se eu estava ali ao alcance dos olhos e de um toque? Então vi chegar um comerciante meu conhecido que levantou um plástico negro que cobria meu corpo sem me cobrir, fez um sinal da cruz e me olhou, e como por milagre pude ler seu pensamento que pensava: --- Filho da puta, morreu me devendo, o safado.
Eu parecia entender a todos e a tudo, vendo e compreendendo toda aquela situação, mas nem tanto porque tudo ali me era simplificado e inútil.
Do lado de fora do grupo eu ouvia pessoas conversando e as frases me chegavam desconexas.:

--- Coitado, tão novo.

--- Novo e bonito, mas descuidado não é?

--- Será que tem parentes, filhos, mulher?

-- O que importa agora tudo isso? Ele partiu, não tem mais ninguém e não é de mais ninguém.

E ouvindo isso alguém de perto, pensava alto, ou assim eu e escutava:

--- De mais ninguém mesmo, mas dos vermes que vão fazer um banquete quando for enterrado.

E eu ali deitado sem poder compreender nada, ou tentando compreender tudo e não conseguindo realmente. E os comentários avulsos prosseguiam vindo de todos os lados.

--- Bem feito, quem mandou não olhar onde andava?

--- Coitado... Será que doeu, que ele sentiu?

--- Ah, antes ele do que eu.

--- Meu deus, olha só como está deitado?  Nós somos mesmo frágeis.

--- Será que tem dinheiro naquela carteira ali no bolso? se tiver o policial vai pegar, aposto.

--- Porra meu. Estivesse só eu e ele aqui agora e eu faria a limpa. Carteira gorda, anéis, aliança grossa de ouro. Até aquele casaco ali vale uma nota.

--- Nossa, ninguém acendeu uma vela, coitado.

-- Será que o rabecão vai demorar?  O trânsito está uma droga.

--- Puta que pariu esse cara... Morrer logo ai atrapalhando o trânsito. Vou chegar atrasado em casa, porra.

--- Será que já avisaram a família dele?

--- Hei seu guarda, tira o corpo de lá, encosta no meio fio pra gente poder rodar.

--- O sacana parecia rico, bem feito então, empacotou igual a qualquer um.

---- É gente daqui ou é de longe?

E assim ia, tudo se repetindo, embaralhando, misturando na babel de vozes e eu ali, parado, desengonçado, esperando não sei mais o que. E era curioso como eram diferentes os comentários, todos me acusando de algo ou com pena de algo e não sei quem estava certo porque difícil era identificar, reconhecer.
Finalmente a multidão abriu e chegaram uns homens vestidos de bege, me pegaram sem a menor parcimônia e jogaram dentro de uma caixa de metal, depois embarcaram a caixa em um carro que saiu rodando., E ali também, sem eu ver quem falava porque era somente eu e o escuro, continuavam os comentários.

--- Porra meu, mais um hoje e peço demissão. O que estes caras tem que fazer sendo descuidado e dando trabalho pra gente, merda.

-- Vão abrir o sacana todo daqui a pouco e depois costurar vazio do bucho. Com este já é o sexto que eu levei para a morgue.

--- Êta carro para feder a defunto. será que não colou a reclamação de embarcarem mais formol.

--- Que formol, meu chapa? Formol tá caro, eu jogava era mesmo creolina.

--- Quanto será que vai valer esse daí se não aparecer dono pra reclamar? Pelo jeito é sadio, vão fazer uma nota com os órgãos dele.

E eu ali, agora ajeitado dentro de uma caixa de metal fria, fria como eu, insensível como eu, muda como eu porque caixas não falam e defuntos também não. Foi somente então que ao avaliar isso me dei conta que aquele era o dia em que meu mundo acabou, sem o mundo haver se acabado.
 Acho que se pudesse então eu sorria, abriria um largo sorriso porque antes de ir para o não sei onde, eu descobri de como o mundo que tanto amei e que tanto temi se acabar, era hipócrita.

Por Jorge Curvello