sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Valley Of The Dolls KLAXXON
http://www.youtube.com/v/dnUDcBKZ06Q?autohide=1&version=3&attribution_tag=rKqSY8csAnyUpqRi9ledVg&showinfo=1&autohide=1&autoplay=1&feature=share
Flashdance1983DVDrip VG
http://www.youtube.com/v/zl3WJXMnWK8?version=3&autohide=1&autohide=1&feature=share&showinfo=1&autoplay=1&attribution_tag=Ke-6dbgovPk7sF-QXWxfag
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
QUANDO FICAMOS VELHOS.
Há, criado pela sociedade dos homens
a separação pela idade em que vivemos, assim sendo, bebê, criança, adolescente,
adulto. E quando nos tornamos adultos
seguimos para, maduros, idade do lobo (as) e inexoravelmente, a terceira idade
que quer dizer em tradução da gentil frase, velho. E então começa o drama do
ser humano, velho, onde tudo começa a terminar, lembranças começam a se apagar,
atos começam a deteriorar, mudar, transformar, capacidades começam a diminuir,
falhar, e então somente quem está lá, dependendo de como o cérebro está, poderá
avaliar o que vale, valeu ou valerá esta triste existência humana de tão poucos
anos se considerado pelo infinito. É onde
se começa a pensar e é necessário julgar para poder continuar, velho, mas sendo feliz.
Quando velhos se com cabeça boa,
começamos a achar a vida uma porcaria, algo que está sem data para terminar e
sempre sentindo que pode ser agora, daqui a pouco, amanhã, no mês que vem, ou
ano, e sabe-se lá quando vai terminar. E então, se com cabeça boa, acho chegada
à hora de nos libertarmos dos grilhões impostos ao longo de toda a existência,
o tal do pode e não pode, é bonito ou feio, digno ou indigno, certo ou errado. Dali pra frente valerá o que acharmos ser o
certo porque atrás de nós sempre prevalecerão as condenações.
Há os velhos que reclamam da vida, das
pessoas, dos parentes, amigos, netos, filhos, todos que nos abandonam,
esquecem, ou evitam, há os que não se conformam e isso é ruim. Mas se ele parar
para pensar que quando novo foi igual isso suaviza. Mas também há os que
aceitam em uma boa, conseguem sobrepujar essa agonia e continuar seguindo,
deixando de lado julgamentos e críticas, aturando desentendimentos e
incompreensões, mas esses felizes velhos vivos são muito pouco.
A verdade é que coisa velha, sempre ao longo
da nossa vida sempre as jogamos fora, guardamos ao desuso, seguramos como
lembrança apenas do que foi e não é mais. Foram roupas, calçados, objetos vários,
foram amigos, parentes, vizinhos e correlativos, todos deixados para trás ao
bel prazer de nossa concepção do válido para continuar. E isso foi por toda a
vida.
Quando novos, achávamos o velho uma
coisa sem valor, fora da importância, descartável, mas agora enquanto velhos ou
mais envelhecendo a cada segundo, minuto, hora, dia, mês e anos, começamos
achar que somos desprezados, abandonados, deixados para depois, esquecidos de
que isso fizemos com tudo e com todos ao longo da mesma vida que os novos hoje
vivem para envelhecer depois.
A velhice é triste, é fato, mas é seguimento
da vida e então que seja lúcida, devendo ser improvisada sem queixas, com
abnegação, suporte e aceitação para melhor ser vivida e aproveitada. Que os
novos fiquem lá com seus valores, que nós os velhos fiquemos cá com nossas
lembranças, nostalgias, saudades, vida limitada, bronquites, tosse, peidos,
catarros, cheiros, mas a nossa vida, vida real, ainda pungente mesmo se
amarelada, capaz de ainda nos dar prazer se nos sentirmos jovens. Vida capaz ainda
de nos deixar ver e entender que somos aquilo que não prestava mais e jogamos
fora no passado, aquilo que não interessa mais a outros, mas muito a nós
mesmos, ao que somos pelo que fomos, ao que seremos pela alegria de continuar
vivendo mesmo assim. Lá se foram os anéis,
mas ficaram os dedos, se foram os que amamos, mas ficou esse amor, se foi o
sonho, mas ficou a realização de muitos, mesmo que hoje com mais nada. Lá se vão os anos, mas continuamos sendo nós
aqui e agora, velhos sim, mas inteligentes para assim ser e ainda poder ensinar.
Nada de cantar “Tristeza, não tem
fim”, mas sim mostrar aos velhos de amanhã o exemplo do que é saber viver,
envelhecer e ser um velho, e este sou eu, que fui novo, que sou velho agora e
que enquanto vivo espero ser até morrer.
Por Curvello
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
FIOFÓ DO CALIXTO
Alguém de
vocês já foi convidado pra comer um “Fiofó do Calixto?” Não?
Pois então, se for um dia, não recusa que é pra lá de bom. O nome é
estranho, feio, produz certo asco, mas quando for provar, vai lamber beiços e
dedos.
Eu estava em
casa sem programa de domingo quando o telefone tocou e uma voz amiga me disse.
--- Topas
comer hoje um “Fiofó do Calixto?”.
Pensei logo
em sacanagem, não sou chegado a nenhum fiofó e comecei a rir, mas aí a voz
insistiu.
--- Então
cara... Vai aceitar ou não comer o “Fiofó do Calixto?”.
Eu não tinha programa e nem estava querendo
comer fiofó algum, mas, curioso, topei.
Bem...
Chegamos na casa do “Fiofó”, mesas arrumadas, sós pratos, talheres flores e
guardanapos, nada de “fiofó” a vista a não ser os dos convidados ali presente e
saibam que tinha de todo tamanho: Grande, caído, magrinho, seco, arrebitado e murcho,
coisa do tipo com e sem gordura. Comecei
a rir para mim mesmo. Mas e o tal Calixto a ser sacrificado, onde estava, quem
seria?
“Vai ficar
ruim”, eu pensei, mas não vou comer fiofó algum nesta casa”.
Então chegou
a hora da comilança e vi todo mundo, animado, lambendo beiço antes do tal fiofó
ser posto na mesa para onde fomos todos convidados. Já prevendo uma baita sacanagem
imaginei penalizado.
--- Será que
vão comer o fiofó do Calixto aí em cima?
E o tal fiofó entrou, lindo, magistral,
cheirando como ninguém. E vinha dividido em tamanho e cor, cheiro e... Acompanhamentos. Gente! Eu juro que nunca vi um “fiofó” tão bonito,
nunca vi tanto camarão junto e tão bem tratado num fogão.
Tinha camarão
com casca gigante, frito no alho, médio
descascado ensopado com quiabo, com chuchu, com macarrão fidelinho, tinha do
tipo à baiana, tipo bobó, tinha camarão lixo frito na manteiga, camarão em
empada, camarão em coquetel, enfim camarão de todas as formas e eram tantos que
nem o arroz branco vimos chegar, todos de olho no Fiofó do Calixto.
Queridos, confesso que comi o fiofó do Calixto
com o maior prazer do mundo, comi até fartar, estourei a boca do balão, me
entupi de comer e lambi beiços e dedos como todo mundo ali, me amaldiçoando por
ser tão discriminativo antes de saber que a camarãozada a que foi dada desse
nome, pertencia a nosso retardado anfitrião, o Calixto.
Texto por Curvello
Assinar:
Postagens (Atom)