quarta-feira, 17 de outubro de 2012

APOSENTADOS DA VARIG - O GRANDE ERRO








Sempre fui pelo lado do terrorismo quando se trata de resolver assuntos com mais poderosos aonde a diplomacia e  a educação, não funciona. desde 12 de abril de 2006 sempre achei que nosso alvo era o Aérus, acolhedor de nosso dinheiro e que o tinha em cofres porque era e continua sendo um órgão carteira, ativo e sobrevivente. Sempre achei que o melhor a fazer não era discutir judicialmente, mas tomar pela força o que nos roubavam, ou seja, invadir a entidade, acampar, bater lata, queimar pneus, fazer o Governo OBRIGAR ao Aérus a devolução correta e imediata da carteira dos aposentados, embora a dos da ativa fosse outra questão devido às acusações da Varig deixar de depositar. Mas esse não era ou é nosso caso, pagamos por mais de dez anos e dinheiro não derrete. Sempre achei ser melhor acampar nos aeroportos, invadir as pistas de decolagem parando o local, dar e receber porrada se preciso  baseado na lei de proteção aos idosos, no caso de força policial tentando nos tirar de lá. Sempre achei melhor forçar pelo troco e força, ao governador da cidade tomar nossa defesa a fim de evitar o caos. Mas o que foi que fizeram? Entraram na justiça por si só e propositalmente morosa, usaram luvas de pelica, mantiveram aquela educação inválida quando se briga contra cafajestes e o Aérus acabou interditado, tornando-se intocável e continuando a usufruir a nossa grana, mentindo que desapareceu.
E depois a AGU, a União Federal dos corruptos, órgão por si só difícil de recâmbio e desafiador até de leis, garantido por espertos advogados que não brincam em serviço enquanto o lado defensor, pensa em cautela e diplomacia. E deu no que deu.
Agora já se fala em ficar pelado, mas de cuecas por vergonha de mostrar as partes baixas ao público, vexatório eu sei, e que acho já não comoverá a mais ninguém e somente nos tornará palhaços em exibição pornô. E mesmo assim, dos falados 10.000 aposentados, cujo sempre menos de 500 compareceram as manifestações, irá ter a coragem de se despir em público? Inútil fazer isso.
O que temos mesmo é que voltar ao passado, fechar aeroportos, pistas de pouso, acampar em lobby, causar prejuízo à nação, até incomodar o bastante para sermos justiçados do que é nosso e tentam calotear. Mas é preciso organizar, combinar, aglomerar participantes (e as mulheres têm papel importante nisso) fazer esquema, nunca avisar antes de acontecer, enfim, invadir e ficar mesmo debaixo de fogo cerrado, mostrar que velhos também tem sangue e que não é, como temos demonstrado, de barata. É preciso deixar bem claro que somente arredamos pé ao ver transferido do Aérus aos moldes da VEM os nosso planos I e II para a Petrobrás ou outro órgão mais honesto qualquer. E mesmo assim opino que ainda teremos dificuldades. No atual impasse, é preciso exigir do governo, das forças de ordem e segurança deste país (forças armadas), o cumprimento da ordem judicial e o retorno imediato do que é nosso por direito e ganho nos tribunais.

Mas aí eu pergunto: Quem está de acordo comigo totalmente, quantos de nós vamos abraçar esta causa, dar o sangue por ela? Ora, sem hipocrisias sabemos que diariamente nós aposentados falamos em solidariedade, ajudar ao cachorro, ao gato, a borboleta, mas qual de nós verdadeiramente sai atrás de ver entre nós os mais necessitados para dividir o seu?
A Varig sempre se disse uma grande família e lá já havia essa hipocrisia do faz de conta e a ela devemos o que hoje estamos passando.
Desculpe-me se feri alguém, mas estava no gogó e, se resolverem partir para a ignorância, contem comigo.



Comissário Curvello Ex da Varig, aposentado, mas guerreiro de verdade.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A GRANDE VERDADE SOBRE APOSENTADOS DA VARIG E PORQUE NEM TODOS SE ESFORÇAM PARA REAVER O QUE LHES FOI ROUBADO


A Varig foi uma empresa aérea super seletiva na contratação de sua mão de obra, exigente e ponderada, falando-se nos áureos tempos em que se destinava ao ponto aonde chegou. Diferente das demais companhias aéreas existentes ela selecionava mais por capacidade de desenvolvimento do que por apadrinhamentos e simpatia, conseguindo assim um time de profissionais de verdade que ia desde os empregados em sua cozinha, algo bastante imprescindível com quem lidava em um mercado onde se prendia cliente pela boca, até ao estafeta carregador de mensagens. No campo burocrático ela cuidava de manter gente inteligente e sempre bem preparada, seguidora de seus princípios e normas e deveres, gente que sabia trabalhar, dialogar, convencer e gerenciar cada setor com maestria, a quem preparava com cursos seguidos de aperfeiçoamento. No setor de vôo ela conquistava os melhores, gente sempre super preparada para exercer sua profissão e assim a tornar a empresa que se tornou sendo seu verdadeiro cartão de visitas. Mas a Varig não era somente aviação, era também industria, hotelaria, proteção ao empregado (através da conhecida Fundação Rubem Berta  fundada por seu patrono do mesmo nome), faculdade de aviação através de seu colégio que não somente servia a ela como a congêneres interessadas em aprimorar seus profissionais, e assim neste interesse empregava diversos tipos de trabalhadores, se tornando quase uma multinacional.  E me perdoem se isso ela foi e eu não soube considerar.
Porém sua tragédia tinha data marcada e começou a ocorrer nos final dos anos oitenta, com o avanço tecnológico dos aviões que trouxe para ela os de grande porte, a fazendo necessária pela pressa de manter seu quadro profissional em desprezar seus antigos valores e também inovar em novos conceitos de  aceitação, o que veio a levar toda a Cia a uma catástrofe,  o seu fechamento.
A Varig, antes acreditada de querer para o futuro de seus empregados o melhor e garantido, fundou com a Cruzeiro do Sul e a uma outra empresa o Aérus, destinado a uma aposentadoria complementar para o malfadado e injusto sistema governamental, o atual INSS,  conhecido pelo encurtamento dos benefícios e cálculos injustos. Mas o futuro desse empreendimento veio a deixar pela interdição desse órgão pelo governo, uma dúvida quanto a sua verdadeira intenção. Quer por estar afundada em dívidas, quer por estar sendo lesada pelo governo em outras responsabilidades, quer por estar então sendo dirigida por incompetentes, o fato é que ela deixou de repassar para o Aérus o que justamente iría garantir para sempre o pagamento dos seus aposentados, o desconto em folha que realizava, mensalmente, de todos os seus empregados da ativa para esse fim, a contribuição futura de sua segurança e manutenção dos já retirados. Tais descontos a princípio sujeitos a adesão, logo se transformaram em obrigatórios de todos que recebiam seus contracheques e essa grande fortuna era o que garantia e garantiria as aposentadorias para sempre. Com o estancamento dos depósitos mensais e não cumprimento dos acordos o Aérus acabou por deixar de pagar, ser interditado e, de um dia para outro, lançou no desespero mais de dez mil aposentados da Varig e perto de dezessete mil funcionários ainda na ativa que nele possuíam uma fortuna depositada. O resultado foi o pedido de intervenção, uma cruel batalha judicial que já dura mais de seis anos e que nem uma vitória conseguida e sacramentada consegue reaver dos prejuízos porque o órgão incumbido de se responsabilizar pelo retorno vem a pertencer ao governo nacional, que nada fez para fiscalizar o Aérus, a Varig ou lhe ajudar quando dele ela precisou e não bastasse o lado burocrático ainda se soma a isto opiniões pessoais e ódio de alguns por quem conseguiu por mais de setenta anos,  se projetar aqui e no exterior como a melhor Companhia aérea do Brasil e quiçás entre as melhores do mundo.
Na esteira dos prejudicados encontraram-se pois chefes de família de ambos os sexos e diversos outros pretendentes a um futuro de carreira bem remunerado porque a Varig sempre pagou melhor do que a maioria das empresas contratantes no Brasil, gente que de uma noite para o dia se viu sem segurança futura de aposentadoria e sem emprego, alguns com idade perigosa de conseguir nova contratação em outro lugar. Aposentados em idade avançada começaram a sofrer a decepção e adiantaram o final de sues dias, outros adoecem e a maioria se vê incapacitada de continuar gozando do mesmo e conquistado padrão de vida de antigamente e este é o drama dos funcionários e aposentados da Varig.
Neste grupo de prejudicados pelo fechamento do Aérus os tripulantes da Varig são os que mais buscam a solução, procedendo a manifestações e lutando bravamente para que a vitória conquistada a duras penas seja cumprida. Mas note-se entretanto que entre eles não está o grande montante dos maiores afetados por  esta tragédia e sim aqueles que, em escalas, pertencendo a outros setores da Varig e percebendo por mês menores salários, menos descontavam por essa aposentadoria complementar e sendo assim , se já aposentado também , certamente percebendo menos do que os tripulantes que sempre foram afamados de melhores posses e oportunidades. Como estará esta gente vivendo agora e  com quanto quando essa tragédia levou o Aérus a criar um sistema de devolução que paga apenas do devido, menos de 9% do real salário? Certamente que pior do que os tripulantes, mas talvez mais aclimatados por nunca terem possuído mais, como estes.
Entre os tripulantes também nem todos foram assim mortalmente prejudicados, é certo que deixaram todos de contar com a complementação salarial, uma grande verdade, mas muitos cuidaram  por ter oportunidades na ativa, de ter seu pé de meia, criando assim entre eles mesmos, uma grande diferença de prejudicados. Muitas das mulheres são casadas com homens de fora da aviação, homens que, aposentados ou ainda na ativa, garantem para elas uma vida melhor, outras herdaram montepios de pais e mães  que somados ao INSS e o parco recebimento do Aérus não as deixa no desespero, e parte disso também acontece para os homens casados com mulheres de fora da aviação e na mesma situação, gente que mesmo prejudicada ainda consegue viver com mais facilidade e conforto do que aqueles que somente contavam com a complementação salarial do Aérus. E acho que é por isso que a grande maioria não comparece às manifestações,  apóia e incentiva, mas não dá ás caras.
A grande verdade dos aposentados da Varig é que nem todos estão em extrema dificuldade, vivem sim em um desconsolo de perda, tiveram talvez que reduzir um antigo padrão de vida, mas continuam sobrevivendo e ainda se dando ao luxo de antigos prazeres como viajar, ter carros, morar melhor, enquanto outros e de verdade, morrem a mingua de socorro e possibilidades, assim como devem estar morrendo todos aqueles que tinham padrão aquisitivo menor do que eles.
Mas então porque toda essa gente, todos esses mais de dez mil aposentados se ainda vivos não se unem, se juntam, vão a luta de braços dados e boca gritante e somente menos de mil aparecem nas manchetes ou vídeos de manifestos ? Acho que é porque em primeiro lugar falta solidariedade, depois por que muitos já estavam acostumado ao pouco ter e para esses ganhar mais ou ficar com menos dói em menor proporção e, finalmente, porque somos todos brasileiros e nossa raça é conhecida como acomodada, pacífica, acostumada ao me engana que eu gosto e a espera de milagres, sem luta, sem suor, apenas preferindo a expectativa, isso para não dizer, encostada. Por não ser completamente e como devia solidária ela faz dos necessitados força menor, por estar acostumada ao pão com banana, se acomoda, e por ser brasileira, acha que viver é samba, futebol e cerveja.
Esta é a nossa triste realidade, a realidade dos sofridos aposentados  da Varig.


Por um deles.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

AVENIDA BRASIL - NOVELA DE SUSPENSE


                                  Tessália revelação

        Eu que assisto posso dizer que essa novela pecou em alongamento e exageros de costumes e de personagens, criou situações impossíveis, abusou da crítica em sátira e rotulou tipos e caráter, mas  é um bom trabalho do autor abusado que vai terminando e deu aos atores que nela trabalham chances incríveis de interpretação.
        Citemos o personagem Carminha, Carmem Lucia, uma mulher psicopata,  capaz de ir além do amor sentido pela obsessão, fria e calculista, dona de uma mente diabólica e rápida que muda de acordo com a situação, criativa nas mentiras e engodos, um  alguém perigosíssimo a quem não se pode dar tempo de raciocinar ou vira a mesa. Dona de cinismo super exagerado ela é capaz de convencer o Papa de que Jesus foi um blefe.       Encarnando a diaba, a atriz Adriana Steves (acho que é esse o nome da moça) suplantou, consagrou-se talvez entre as tantas, como a mulher mais malvada e ardilosa existente nas novelas até então escrita. Na trama, esposa de um jogador de futebol aposentado chamado Tufão, ela usa e abusa da imbecilidade dele e da família, causando tremendo estrago.


        Falemos do Tufão, o jogador de futebol que sofre um chifre de galhos enormes na mão de sua esposa Carminha, que o trai com um cunhado de nome Max, seu parceiro no crime e nos golpes. Escrito para ser um personagem com bons sentimentos ao extremo Tufão em cena foi levado para a imbecilidade dos traídos que se negam a ver para não comprovar a traição, um personagem muito bem defendido pelo Murilo Benício, que até a postura imita um boi, ou touro.
        Falemos do Max, uma revelação do ator Marcelo Novaes   que passa de vilão a vítima em segundos conforme o texto de fala se apresenta, uma revelação depois de tantas outras que esse ator já interpretou. Max na novela ficou sendo o produto da violência e o abandono, a mais do que um bandido
        Falemos da Nina ou Rita, personagem da menina atirada no lixão, quando criança vivida por uma revelação infantil da Rede Globo,  e que depois de adulta na pele de Débora Falabela se revelou um ícone capaz de passar da candura a maldade em segundos, excelente atriz a menina.
E falemos de dois personagens que cresceram e se revelaram na novela toda, a Tessália, moça ingênua que acredita em amor verdadeiro e Darkson, moleque suburbano feito para amar antes do que viver. Ela, lindíssima, atriz e modelo chamada Débora Nascimento é outra revelação, ele, cujo nome do ator me foge agora, bonito e charmoso, perfeito em nuances e  tiradas, além de dramático quando o papel pede.

        Os demais personagens, a família do chifrudo Tufão, o núcleo de um salão de beleza e sua empresária, o outro núcleo de um imaginário trígamo, um bonitão capaz de engabelar três mulheres como esposas sem ser casado com nenhuma,  o núcleo de um pai de jogador de futebol bissexual e uma prostituta feita garota de programa Maria chuteira, os velhos (Vera Holtz, José de Abreu e Carlos Vereza nos papeis de Lucinda, Nilo e o pai da Carminha), todos   estão magníficos nas interpretações, mas sem exceder o que se espera do elenco da Globo.
        O que posso dizer como telespectador é que a novela andou entediando, repetindo, enervando nas impossibilidades se comparadas as da vida real, mas que vai chegando ao final prometendo algumas belas surpresas, o que somente não esperamos e como virou moda, o vilão saindo vencedor. Avenida Brasil agradou e ficará na história até o vale a pena ver de novo.
        Como também ator deixo aqui meus elogios e reverências para Adriana Steves como a Carminha, Débora Falabela, como a Nina/Rita, para o Murilo Benício e para Marcelo Novaes, que se destacaram dos demais nas interpretações. dramáticas, o grande sentido das interpretações em dramaturgia,
                       Marcelo Novaes na pele de Max

De
Arlindo Duplo


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

E POR FALAR EM DEUS, E NO MUNDO EM QUE VIVEMOS







Quando eu era bem menino ainda, ouvindo se falar sobre Deus e seus poderes eu ficava querendo saber como ele se parecia. Não conseguia vislumbrar e algo como duas taboas de soalho apareciam em minha mente como se toldando uma visão.
Quando cresci mais e comecei a estudar para o catecismo na religião católica que era a dos meus pais, ali também nunca consegui saber como era a face de Deus, embora a de seu filho Jesus Cristo fosse a mim apresentada e a dos santos também. E se tentava fazer conjecturas a respeito, lá vinha à mesma imagem das duas taboas.
Ainda menino aceitei facilmente os ensinamentos religiosos e onde diziam ter Deus a semelhança de todos nós e logo surgiu um questionamento vendo diante de mim brancos, mulatos e negros. Seria Deus capaz de mudar de cor na pele qual um camaleão, eu me perguntava. Mas se por ventura tentava eu mesmo descobrir essa verdade, lá vinham as duas taboas novamente e assim, me conformei dizendo para mim mesmo:

--- Pronto, Deus é Deus e isso me basta.

Hoje crescido e mais informado em religião, não vejo mais as duas taboas, desapareceram como se por trás delas estivesse a grande verdade que hoje sou por isso obrigado a acreditar.  Deus existe em nós, no que vemos de sua criação, tocamos, usamos ou respiramos, e não importa mais a sua imagem.
Afirma-se  que o homem é a semelhança de Deus na imagem, e agora entendo o branco, o amarelo, o vermelho e o negro sendo assim também à Sua imagem porque isso é necessário a Lhe poder ver, se assim desejarmos, uma forma física para sustentar a nossa fé, se isso for preciso. As tábuas foram retiradas.
Mas então, entendendo mais dos meus semelhantes e todos como acreditamos criados por Deus, vem outra incógnita, não em tábuas, mas em procedimento. Porque tantos nomes para Ele, tais como, Deus (o nosso e abstrato) Tupan, Buda (esses com formas físicas ilustrativas) e tantos outros que até não conheço, todos uma divindade maior, suprema e criador do mundo e do universo? E a resposta me vem mais uma vez como, Ele existe e tudo sabe e tudo vê, porque faz parte de nós e mesmo se não o merecermos por nossos atos, estará ali, vigilante e pronto para o que chamamos castigo e nada mais é do que, ensinamento.

Mas nessa babel de opiniões a esse respeito o homem se confunde, tenta modificar, explicar, fazer crer e a cada religião isso agrava o saber de quem é Deus. E o conflito se instala, alguns de nós O temem mais que outros, obedece a ensinamentos mais que outros, segue a cartilha que aprendeu mais que outros, e outros fogem a nossa compreensão querendo nos explicar outras formas desse Deus, de ser esse Deus,  indo do ilógico, à blasfêmia e ao desafio. E até aqui, ninguém consegue explicar com certeza absoluta, quem é Deus e como é ele..
E me volto olhando esse mundo onde um homem para obter fama e dinheiro cria um filme polêmico sobre religião, ofendendo aos que creem e desafiando aos incrédulos, e agora mesmo aqui no Brasil, na ânsia de virar celebridade um medíocre mero ator comediante pretende mudar a história do filho de Deus, Jesus Cristo, ele Renato Aragão, um comprovado aliado de Satanás pelo que mostra em sua vida de artista.
E o mundo a cada dia se perde mais na violência, no abuso, na descrença, na infâmia e nos pecados sem que a maioria dos seres  racionais viventes com isso se preocupe deveras ou se importe. Os sete pecados capitais a muito deixaram de ser temidos, alastraram-se e ramificaram-se em tentáculos e mutações. os demais pecados do mundo que tanto nos disseram ser quando em criança, parecem hoje apenas parte da vida e coisa necessária porque nos entendemos, humanos. Hoje é considerado normal de acontecer o incesto, mesmo que a alguns ainda choque, o gesto de Caím se tornou banal, homossexualismo, bigamia, sodomia, e até os padres, pais de santo ou pastores fazem parte dos pecadores. Os mais sábios entre nós ainda se ajoelham diante da Suprema Soberania, outros apenas a ignoram e uma grande esmagadora maioria a desafia
As religiões continuam se fazendo presente, mas os conceitos dentro de cada uma diferem e até entre elas mesmas, algumas são mais lavagem cerebral do que ensinamentos e seus pregadores são mais pessoais do que servos. No catolicismos as mudanças surpreendem e chegam a ser, se considerada pelos antigos, sacrilégios,  no espiritismo o fanatismo leva mais ao medo do que a certeza de uma proteção, no evangelho o que mais parece importar são as doações do que propriamente os fieis, uma babel, um caos.
Fala-se no fim dos tempos, nisso eu acredito porque já houveram outros se estudarmos as histórias dos povos do mundo, fala-se em Apocalipse e nisso eu desacredito porque as datas marcadas nunca até então realizaram algum, fala-se em profecias e elas contém coisas que não podemos entender ou confirmar, mas não se fala nunca no Juízo final, no grande segredo que pode mudar toda a humanidade e que a meu ver existe sim, mas dentro de nós, do nosso coração.
Eu acredito que um final se aproxima e quem o trás é o cada vez mais acelerado desrespeito a esse Deus em que eu creio, isso porque uma vez incapaz de temer alguma coisa o bicho homem será cada vez mais bicho e como os bichos vai proceder, com a grande diferença do verdadeiro bicho ele não ser e não sendo eles, do mundo não saber entender. Maremotos diluvianos serão possíveis se continuarem os abusos à natureza, vendavais destruidores, fogo da terra vindo dos vulcões, enfim tudo que o homem ainda respeita e teme, mesmo se achando para isso, preparado e assim sendo será o próprio homem quem levará ao final o que somente um deles começou, o acreditado Adão que ao receber o dom de pensar, não soube resistir à fraqueza e se perdeu com Eva.  Mas até isso hoje a maioria dos homens já não acredita mais.
O que eu sei e nisso não há duas tábuas me impedindo de vislumbrar, é que finais estão próximos, mas não do mundo, porém de castas da humanidade porque Deus não é feito de ódio, de desamor, de maldade, e o que hoje o homem se torna foge ser à Sua semelhança, o que se traduz em nosso final, os seres dotados de inteligência, algo que a nós somente serve para desafiar o poder Divino.

Porque será que os animais e os vegetais continuam por todos os séculos de vida sobre o planeta Terra procedendo sempre igual, mesmo com mutações devido ao que o homem modificou de seus costumes e habitat? “



Por Jorge Curvello