sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SAIR DO ARMÁRIO


Sair do armário: É uma expressão que descreve o anúncio público da orientação sexual ou identidade de gênero de alguém, ou de si próprio..

Estar no armário: Significa ter algo guardado em algum móvel ou utensílio doméstico ou permanecer na eterna duvida do ser ou não ser?

Mas a grande verdade é que com a atual evolução social o homem têm se revelado homo ou bissexual, enfrentando abertamente críticas, condenações ou elogios sem mais se importar com decência e cuidados.
Antes a um grande agrupamento de homossexuais se dava o nome de sem-vergonhice, hoje é chamado de parada gay., se antes se recriminava ou agredia-se, hoje se venera e faz-se apologia ao ser que sem culpas nasceu com seus hormônios alterados. e com isso, a cada dia mais, cada ano mais, sair do armário significa a libertação da prisão infernal dos sentidos e desejos.
Porém o mais provável é que jamais alguém ficou preso em um armário por causa da vergonha ou temor e cada um na sua intimidade sempre foi liberto, nem que fosse somente dentro da mente a viver  fantasias. e o que acontece agora é que, após tomar coragem para abrir a porta do armário e pular para fora, expor-se de quem realmente é, se exagera, se escandaliza e se desvaloriza na mistura do que pensa ser o certo, fazendo  errado, rindo daqueles que fazer tudo isso não conseguem.
Pergunto o porque da mudança se antes era tão melhor ser ou não ser, fazer ou não fazer, gozar ou não gozar dessa liberdade incrível e justa, mas que desvaloriza e envergonha quem não aceita? Antes se fazia  o que hoje se faz na luz do explicito, no mato, entre quatros paredes de um hotel, no banheiro  ou no quarto de dormir e raramente era feito a mais de dois.  Assim feito então devia ser mais verdadeiro, mais gostoso,  mais completo porque era de fato troca de emoções. Porém hoje se faz em qualquer lugar e na frente de quem quiser olhar, em grupo ou solitário porque mesmo acompanhado se perdeu a verdadeira emoção e ficou somente o ato, o gozo provocado pelo contato e o trabalho da mente na excitação. Comparado aos modernos casais que hoje se unem mais pela necessidade de companhia, assim é o sair do armário dos retardados que pela falta de coragem deixaram apodrecer em suas vidas os melhores anos de sua homossexualidade já que os novos homossexuais, jovens na maioria, já nasceram com este armário de portas escancaradas.
E quanto marido fiel e dedicado abre sua porta de armário para a infelicidade da tentativa van de ser feliz com outro alguém do mesmo sexo quando somente seu corpo deseja e sua alma repudia? E quantos solteiros não se acasalam mais com mulheres depois que provam do fogo desse pecado e se julgam contra indicado a uma relação duradoura com uma mulher? E porque tão poucos na ilusão do par perfeito se iludem, acasalam e dão certo com outro semelhante vivendo vida marital porque  ninguém está dentro de ninguém para saber o que para alguém é melhor?  Ah dúvida cruel?
O que posso pensar é que em cada dia mais o mundo gira e muda, a cada tempo mais ele nos mostra facetas de que fora de armário ou não o que hoje existe sempre existiu e o que faltava era a liberdade de ação e o desprezo dos conceitos da moral que proíbe, regula, aconselha e instrui a se encontrar e viver a verdadeira felicidade.
De uma coisa eu tenho a certeza, se Deus fez o homem e a mulher, certamente  que houve uma justa razão e se deixou o homem inventar o armário, também, mas garanto que jamais lhe informou que saindo de dentro dele, deveria fazer como faz. nem a sua sociedade de aceitar, do modo que aceita e torna vulgar o ato mais gostoso da vida, o sexo.

História real de um Joãozinho.

         Era uma vez um rapaz que nasceu criança e enquanto criança sofreu da incompreensão alheia e de desejos não esclarecidos. Chamava-se João como tantos Joãos e viveu a infância dos anos sessenta, a adolescência dos anos oitenta e se tornou homem no ano 2000.
Joãozinho, o frágil que de frágil nada tinha,  quando garoto ao mesmo tempo em que desejava seu semelhante o repudiava se ele o tocasse, ficando no limbo da ação e da aceitação por toda a infância e parte de sua adolescência, e como hoje se diz, trancado no armário. Um belo dia Joãozinho despertou de sua inutilidade sendo como era, castrando seus desejos em nome da moral de uma sociedade que com ele não se importava, mas castrava, e então foi à luta, abriu a porta de seu armário e voou para o que pensou ser a sua castrada liberdade. E foram anos de vida, aventuras, procuras e descobrimentos, aqui e acolá saltitante nos braços de outros homens,  sentindo o prazer que tanto sempre desejou e nunca teve antes a coragem de provar. A mentira da dor física não foi comprovada diante do prazer maior, a verdade dos perigos para ele nunca aconteceu por sorte, e a promiscuidade tomou conta de seus atos, primeiro escondido, depois mais mostrado sem testemunhas que não fossem de seus iguais. E o Joãozinho cresceu, gozou, viveu, provou e desiludiu sentindo que fazer aquilo era muito melhor quando espiado das frestas do seu armário em sua  mente  fantasiosa porque depois de provado e usado foi como uma fruta que se comida demais acaba enjoando, e então Joãozinho descobriu que se não nasceu de todo contaminado, ainda tinha cura para sua doença e então parou, não evitou, não recriminou, não afastou a tentação deixando tudo correr livre sem castrar, apenas estudou, mediu, calculou da vantagem e desvantagem de ser o que tantos procuravam e continuam procurando, o ser do não ser. O melhor a fazer era ver até onde o prazer continuava após a satisfação do desejo criminoso, até onde e por quantas vezes jurado de não mais, ainda repetido, esse prazer valia a pena. E um dia ele achou a receita certa para não mais sofrer  ou se culpar, uma mulher, duas, três, várias, porém mulher que era realmente o que ele gostava.
         Rindo do mundo depois de que se convenceu de sua verdadeira identidade, nunca renegou para si ou terceiros ser o que foi e o que é, mas jamais se classificou como sendo por seus sentimentos antes conflitados e  hoje esclarecidos como um enrustido ou enganado. Joãozinho descobriu com o andar da carruagem que tudo que é demais enjoa, e que a medida certa nunca esteve em seus desejos, mas na sua consciência de querer de fato ser feliz, o que hoje, vendo tantos pularem fora de seus armários para sofrerem a dúvida do estar fazendo o certo ele compara consigo e se sente, feliz por haver se reencontrado.
         Joãozinho se diz ter sido promíscuo, mas sabe que o que foi era estudioso, Joãozinho  conheceu de tudo, fez de tudo, gozou de tudo, mas sempre soube o que buscava naquilo tudo e nunca foi a ilusão. O que Joãozinho descobriu sendo finalmente o que não tinha sido? Descobriu que o pior castigo do homem é mentir para si mesmo.
         E o que Joãozinho hoje acha dessa relação e abertura espantosa ocorrendo no Brasil, dessa aceitação toda e apologia?  Uma pouca vergonha e um mal exemplo aos que ainda precisarão sair de seus armários.  Que deixem a natureza falar por si sem a contaminar ou lhe impor regras e costumes.

Postado por Jorge Curvello
Colaboração de João M. F. Pessoa

Um comentário:

  1. AGORA ENCONTREI O LUGAR PARA COMENTAR, CURVELLO.

    FALTA DE PRÁTICA E DE ATENÇÃO MINHA.
    PARABÉNS POR SEUS ARTIGOS.

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