terça-feira, 12 de julho de 2011

BRASIL – O PREÇO DA NACIONALIDADE

Se o brasileiro parar para pensar verá que ser brasileiro custa no bolso alto preço por essa nacionalidade, peço cobrado desde que pela primeira vez o homem estrangeiro pisou nesta terra, ele mesmo passando a estipular um preço pela cidadania, e foi assim com os escravos que trouxe, com os imigrantes que aceitou, e depois da sagrada a bendita república, para todos que aqui querem viver, e a isso se chamou lei dos impostos.
No passado os pobres negros ignorantes eram comprados ou roubados de seu continente e trazidos para o Brasil como mão de obra, mas quem recebia o “salário”, era seu dono brasileiro, ao mesmo tempo se passou a cobrar esse tipo de imposto ao brasileiro nato, o índio, e assim se criou uma mistura de raça de novo contribuinte para os cofres dos sabichões, que com o tempo da Lei Áurea e abolição da escravatura tornou-se comum chamar de imposto governamental e quem quisesse pisar ou viver na “Terra Livre”, tinha que pagar.
O tempo evoluiu, e a lei do imposto continuou a mesma, somente mudando dividendos até hoje alcançarmos o índice vergonhoso e incorrigível de ser o brasileiro o maior pagador de imposto no mundo, cerca de 80% de tudo que consome, usa, produz, comercia, ou mesmo oferece como serviço social por aqui.
Se pararmos para analisar então veremos que desde os tempos da escravatura nada mudou, ou melhor, mudaram os métodos, mas a forma continua sendo a mesma e hoje, os ricos chegam a não pagar ou pagar menos do que os pobres, assim sendo continuando sendo o Brasil um país de feitores e escravos. E onde o brasileiro rico paga menos do que o brasileiro pobre se para todos o imposto e suas taxas, é igual? Basta se ver o que o rico possui e o pobre conserva.
Hoje vivemos em um mundo de ricos onde pobres somente podem desejar e pouco ou nunca realizar. A televisão diariamente nos convida a supermercados, lojas de roupas, passeios, concessionárias e os preços “baratinhos” que nos cativam são na verdade caro para o bolso do pobre, assim sendo é uma televisão para ricos aonde até solicitações de auxílio à caridade se torna inviável de colaboração mesmo sendo liberado o valor desejado para depósito. É a lei do quem dá o que tem, a pedi vem. Vivemos em um país impiedoso que nos cobra para comer, locomover, habitar, dormir bem, e quase até para respirar, faltando cobrarem o ar da natureza porque ainda não se achou um meio, isso porque da natureza Divina criada para ser gratuita, muito de seus itens já nos é cobrado. Acorda Brasil, é hora de mudar, virar a mesa, trazer de volta o que nunca foi nossa, a liberdade do poder existir no lugar onde nascemos sem ter que pagar por isso.
E na ciranda dos escândalos dos ricos dorme a lei da impunidade enquanto na ciranda do sofrimento dos pobres ela está sempre malvadamente acordada. Nossos políticos amigos antes das eleições se mostram picaretas depois de eleitos enriquecendo rapidamente em seus mandatos a custa dos nossos impostos pagos, e a lei para ele só existe em notícias, não passando dali. Nossos criminosos evoluem num crescendo porque para eles a cadeia ou é lazer de hotel com tudo pago, ou é simplesmente simbólica protegida por hábeas corpus, e também nessa ciranda vai valer quanto em dinheiro você tem.
A grande verdade que ninguém vê ou se vê se acomoda é que vivemos em um país que não é nosso, é do feitor, é do mesmo feitor que foi dos escravos do nosso começo, evoluído na esperteza de agora chicotear sem faze doer, e quando a dor surge, cobre com bálsamos de cestas básicas, ou promessas que dificilmente cumprem. Vivemos em um país de falsos brasileiros amantes e de verdadeiros brasileiros otários, país de futebol cobrado e pago para ganhar ou perder, de heróis dos esportes porque de batalha não existem, do ganhar dinheiro fácil para tentar ser rico e donos de mais poder, e assim poder existir sem sentir o fel da vergonha de ter nascido brasileiro. Brasil dos impostos, Brasil das mentiras, Brasil dos escravos medrosos nossa eterna herança.


Por Jorge Curvello

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