E ele era ateu, não acreditava em um criador
da natureza, dos homens e de todas as coisas do mundo em que ele vivia, sempre
resistindo a ensinamentos ou renegando a fé que a dizia sentir só para consigo
mesmo. Consta em um ensinamento secreto perdido entre as raças que ele vivia,
mesmo descrente, mas desconfiado, querendo saber quem era esse deus que todos
adoravam e ele não, que todos acreditavam, mas ele não, que diziam ser o pai de
tudo e de todas as coisas, mas que o dele não porque o dele ele conheceu e se
chamava José. E assim sentindo ele perguntava:
---- Deus... Quem é você que todos temem,
respeitam, idolatram e ensinam da existência? Quem é você e onde existe ou se esconde que
ninguém, a que eu saiba, jamais viu a face?
E tanto ele perguntava que um dia, algo como
seu próprio pensamento pareceu lhe responder, usava a sua voz, o mesmo jeito de
falar, era criado em sua mente como se uma resposta que ele jamais se daria,
mas estava ali dizendo.
--- Eu sou a borboleta que voa e vem pousar
em teu ombro. Nunca tiveste uma? Eu sou a água que bebes e te alimenta, o pão que
comes, o vinho que gostas, o sol que te ilumina, a chuva que te molha, o frio
que te incomoda. Eu sou o ar que respiras e sem ele não vives, e sou as plantas
que te dão esse ar, os animais que te rodeiam, os pássaros que para ti cantam,
as cores que enfeitam teus jardins, as flores, a luz que te ilumina os
caminhos. Sou também tudo o que o homem cria, inventa, trabalha, destrói e
constrói. Eu sou tudo isso e sou mais
ainda. Eu sou você porque somente existo em você, se você me crê.
E então ele parou e ficou olhando tudo ao
redor, depois olhou para si mesmo, por fora onde à pele cobria sua imagem,
depois procurar olhar para dentro procurando ver o seu coração e ele estava
vazio. Então ele sentiu falta de alguma coisa, algo que lhe desse uma razão
para a vida, a existência, o acreditar, e olhando para um espelho, ele viu
nele, refletido,Deus.
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