Quando eu era bem menino ainda, ouvindo se falar sobre Deus e seus
poderes eu ficava querendo saber como ele se parecia. Não conseguia vislumbrar
e algo como duas taboas de soalho apareciam em minha mente como se toldando uma
visão.
Quando cresci mais e comecei a estudar para o catecismo na religião católica
que era a dos meus pais, ali também nunca consegui saber como era a face de Deus,
embora a de seu filho Jesus Cristo fosse a mim apresentada e a dos santos também.
E se tentava fazer conjecturas a respeito, lá vinha à mesma imagem das duas taboas.
Ainda menino aceitei facilmente os ensinamentos religiosos e onde diziam
ter Deus a semelhança de todos nós e logo surgiu um questionamento vendo diante
de mim brancos, mulatos e negros. Seria Deus capaz de mudar de cor na pele qual
um camaleão, eu me perguntava. Mas se por ventura tentava eu mesmo descobrir
essa verdade, lá vinham as duas taboas novamente e assim, me conformei dizendo
para mim mesmo:
--- Pronto, Deus é Deus e isso me basta.
Hoje crescido e mais informado em religião, não vejo mais as duas taboas,
desapareceram como se por trás delas estivesse a grande verdade que hoje sou
por isso obrigado a acreditar. Deus
existe em nós, no que vemos de sua criação, tocamos, usamos ou respiramos, e
não importa mais a sua imagem.
Afirma-se que o homem é a
semelhança de Deus na imagem, e agora entendo o branco, o amarelo, o vermelho e
o negro sendo assim também à Sua imagem porque isso é necessário a Lhe poder
ver, se assim desejarmos, uma forma física para sustentar a nossa fé, se isso
for preciso. As tábuas foram retiradas.
Mas então, entendendo mais dos meus semelhantes e todos como acreditamos
criados por Deus, vem outra incógnita, não em tábuas, mas em procedimento.
Porque tantos nomes para Ele, tais como, Deus (o nosso e abstrato) Tupan, Buda
(esses com formas físicas ilustrativas) e tantos outros que até não conheço,
todos uma divindade maior, suprema e criador do mundo e do universo? E a
resposta me vem mais uma vez como, Ele existe e tudo sabe e tudo vê, porque faz
parte de nós e mesmo se não o merecermos por nossos atos, estará ali, vigilante
e pronto para o que chamamos castigo e nada mais é do que, ensinamento.
Mas nessa babel de opiniões a esse respeito o homem se confunde, tenta
modificar, explicar, fazer crer e a cada religião isso agrava o saber de quem é
Deus. E o conflito se instala, alguns de nós O temem mais que outros, obedece a
ensinamentos mais que outros, segue a cartilha que aprendeu mais que outros, e
outros fogem a nossa compreensão querendo nos explicar outras formas desse Deus, de ser esse Deus, indo do ilógico,
à blasfêmia e ao desafio. E até aqui, ninguém consegue explicar com certeza
absoluta, quem é Deus e como é ele..
E me volto olhando esse mundo onde um homem para obter fama e dinheiro
cria um filme polêmico sobre religião, ofendendo aos que creem e desafiando aos
incrédulos, e agora mesmo aqui no Brasil, na ânsia de virar celebridade um medíocre mero ator
comediante pretende mudar a história do filho de Deus, Jesus Cristo, ele Renato
Aragão, um comprovado aliado de Satanás pelo que mostra em sua vida de artista.
E o mundo a cada dia se perde mais na violência, no abuso, na descrença,
na infâmia e nos pecados sem que a maioria dos seres racionais viventes com isso se preocupe
deveras ou se importe. Os sete pecados capitais a muito deixaram de ser
temidos, alastraram-se e ramificaram-se em tentáculos e mutações. os demais
pecados do mundo que tanto nos disseram ser quando em criança, parecem hoje apenas
parte da vida e coisa necessária porque nos entendemos, humanos. Hoje é
considerado normal de acontecer o incesto, mesmo que a alguns ainda choque, o
gesto de Caím se tornou banal, homossexualismo, bigamia, sodomia, e até os
padres, pais de santo ou pastores fazem parte dos pecadores. Os mais sábios entre nós ainda se ajoelham
diante da Suprema Soberania, outros apenas a ignoram e uma grande esmagadora
maioria a desafia
As religiões continuam se fazendo presente, mas os conceitos dentro de
cada uma diferem e até entre elas mesmas, algumas são mais lavagem cerebral do
que ensinamentos e seus pregadores são mais pessoais do que servos. No
catolicismos as mudanças surpreendem e chegam a ser, se considerada pelos antigos,
sacrilégios, no espiritismo o fanatismo leva
mais ao medo do que a certeza de uma proteção, no evangelho o que mais parece
importar são as doações do que propriamente os fieis, uma babel, um caos.
Fala-se no fim dos tempos, nisso eu acredito porque já houveram outros
se estudarmos as histórias dos povos do mundo, fala-se em Apocalipse e nisso eu
desacredito porque as datas marcadas nunca até então realizaram algum, fala-se
em profecias e elas contém coisas que não podemos entender ou confirmar, mas não
se fala nunca no Juízo final, no grande segredo que pode mudar toda a
humanidade e que a meu ver existe sim, mas dentro de nós, do nosso coração.
Eu acredito que um final se aproxima e quem o trás é o cada vez mais
acelerado desrespeito a esse Deus em que eu creio, isso porque uma vez incapaz
de temer alguma coisa o bicho homem será cada vez mais bicho e como os bichos vai proceder,
com a grande diferença do verdadeiro bicho ele não ser e não sendo eles, do mundo não saber
entender. Maremotos diluvianos serão possíveis se continuarem os abusos à
natureza, vendavais destruidores, fogo da terra vindo dos vulcões, enfim tudo
que o homem ainda respeita e teme, mesmo se achando para isso, preparado e
assim sendo será o próprio homem quem levará ao final o que somente um deles
começou, o acreditado Adão que ao receber o dom de pensar, não soube resistir à
fraqueza e se perdeu com Eva. Mas até
isso hoje a maioria dos homens já não acredita mais.
O que eu sei e nisso não há duas tábuas me impedindo de vislumbrar, é
que finais estão próximos, mas não do mundo, porém de castas da humanidade
porque Deus não é feito de ódio, de desamor, de maldade, e o que hoje o homem
se torna foge ser à Sua semelhança, o que se traduz em nosso final, os seres
dotados de inteligência, algo que a nós somente serve para desafiar o poder Divino.
“ Porque será que os animais e os vegetais continuam por todos os séculos
de vida sobre o planeta Terra procedendo sempre igual, mesmo com mutações
devido ao que o homem modificou de seus costumes e habitat? “
Por Jorge Curvello
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