sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

ONDE MORA A VERDADE?

                                            
        A gente conhece, namora, acredita e casa e no final descobre que não existe mais o amor, rei e absoluto sentimento que perpetua. E com quem está a razão no final das contas?
        Se um lado se sente magoado, ofendido, repudiado, esquecido, trocado, ou seja lá o que for, reage e a reação decepciona o outro lado, traz a mágoa o duro sentimento que apaga o calor, trás a raiva, o pérfido sentimento que calunia e se vinga, trás o desconforto na relação, e isso é real. Mas com quem estará a razão, no lado que pratica ou o que sofre, se averiguarmos motivos?
        O que sabemos é que somos todos fracos, errados, tangíveis a deixar-nos levar por sentimentos, vis e nobres, incapazes de no momento da agulha pensar no outro e ver o quão será fácil evitar a desdita. somos humanos e os mais fracos e incompreensível dos seres na natureza porque nascemos sem o dom do ignorar.
        Quantas uniões se rompem por  isso, quantos casamentos acabam por isso e quantos sofrem a solidão de arrependimento ou desconforto por isso quando o simples seria perdoar, ignorar, fechar ouvidos e olhos de dar razão antes de exigir razões. Nós, os humanos somos mesmo idiotas, fracos, atingíveis e não sabemos no pior, suportar a dor que vem depois.
        Casei-me depois de dez anos de convivência explícita, sabendo quem levava ao altar e dias depois me descubro sem ter sabido quem realmente levava, se era uma pessoa destinada à felicidade comigo, ou uma sofredora. Agora o pior, nada mais há a fazer do que senão, conviver e tentar esperar futuro melhor, o da compreensão, do amor de verdade, do perdão e do esquecimento em nome do amanhã. Mas será que eu e ela conseguiremos?
        Foram tantas as palavras nesses anos nos impasses que nos dissemos e nos magoamos, foram tantas as réplicas sem mérito de razão por ser repica e se tornar igual, foram tantas as ofensas e destratos que se perderam no tampo sem a vergonha, sem o sentimento do corrigir porque nunca ambos quis ou assim pode fazer. e hoje cá estamos nós unidos no papel e em uma aliança no dedo, mas sem mais amor um pelo outro embora mintamos que sim.
        And the time goes by, a vida continua, e lá vamos nós na ciranda da prisão que nos obriga a continuar por medo do amanhã sozinhos... E será isso?
        E como o meu há tantos outros casamentos vida afora, alguns compreendendo isso, outros não e duelando eternamente, outros acabando e outros...
        O que sei é que felicidade nunca deve ser comprada, querida de forma exigida, objetada de forma que nunca sabemos se será, é preciso que aconteça sem cobranças e limites, só final de sentimento de satisfação. Difícil não?
        Não sou feliz,m ela também o é, e lá vamos nós na ronda do enganando e se enganando. felizes são os bichos que se sentem assim nunca mostram, são sempre os mesmos, comendo, dormindo, vivendo igual cada dia sem mudança, os felizardos. e para nós, humanos, não adianta procurar conselho ou ajuda pois sempre isso será dado errado porque ninguém está dentro do outro que sente e sabe a verdade e será sempre o meu lado da verdade e o dela, duas razões, duas mentiras ou verdades.
        Mas eu ainda acredito que um amor puro irá vencer no final, m nem que venha depois que um de nós dois se vá para sempre e fique somente aquela lembrança de tudo o  que enobrece.
Ah, quisera eu ter a inteligência dos animais.....

Por um casado recentemente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não desmereça a Internet com palavras chulas.
Obrigado