segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

HÁ QUE SE PERGUNTAR... PORQUE?









Há que se perguntar por que tanto nos modificamos com o avanço da idade em relação à política brasileira. Eu que lidei com tantos tripulantes ao longo de trinta anos nunca os vi, em hora alguma, dia algum, tão preocupados com isso. Será porque perdemos a aposentadoria privada do Aerus?
Alguns, dizem, morrem por isso, outros parecem obstinados, comendo política e arrotando política, fora do antigo ser que eu conheci. Outros assim como eu apenas colaboram na tentativa de bálsamo aos necessitados se é que isso pode valer, tentando apaziguar o espírito dominado por esta febre surgida qual a do ouro na Califórnia nos anos 1800.  Uma coisa se explica, a injustiça sofrida é a mola da revolta do homem.
 Porém falando de Brasil, a meu entender uma terra de consentidos sempre, abnegados sempre, desaculturados na maioria e sempre, isso, com intuito político estudado de há séculos passados, nada jamais se fará ou se fez na intenção de mudar, melhorar ou extinguir de vez com a safadeza, o roubo dos cofres nacionais, os direitos adquiridos irrelevantes, os poderes e as ações, tudo se sucedendo ano após anos envolto em brumas de promessas e juras falsas, quer antes, durante e depois de cada eleição.
 Nascido nos anos 40 eu passei pelos anos cinqüenta sabendo de Getúlio Vargas, um quase tornado mártir e a guerra da presidência, vi a subida, fuga e queda de Jânio Quadros, presenciei em loco a revolução militar nos anos 60 onde militares tornaram o Brasil uma prisão sem grades, mas nada disso funcionou, nada funciona porque o grande interesse é sempre mascarar uma situação em nome da esbórnia.
Quando Lula foi eleito e assim deixou quem podia impedir, já estava programado, depois a Dilma ganhando em situação obscura de outro candidato, tudo um circo armado. Agora essas aberrações de notícias espocando todos os dias, tornando nossos afetados pela política estressados e a beira de colapso, deixando saldos de mortes, badernas, tumultos e quebra quebra, mas tudo planejado e combinado como sempre foi e sempre será. Não há, pois, a verdadeira intenção de se acabar com nada, modificar nada, nos dar um país com decência, moralidade, justiça, educação, limpeza, saneamento, saúde, proteção, segurança e beleza, nada. O que há é a mentira, a promessa nunca cumprida, os gados de corte indo às urnas por obrigação governamental, as eleições fraudulentas, a continuação de uma merda que já vem planejada antes de nascermos.  Então porque sentir esperanças? Justo porque é dito ser a última que morre?  Tudo bem, que assim seja e se sinta porque isso é a grande mola do corpo, sentimento que satisfaz a mente, mas nada contribui para o conserto porque isso depende de poder para ser exercido e ao que parece, ele aqui não existe mais.
Em suma, no fim os grandes sempre saem lucrando e pouco se importando com os pequenos e estes, afogam em samba, suor e cerveja a sua agrura. Chega o tempo, pois, onde acho devemos refletir o que vale mais, se a doença, a ira, a revolta e os sofrimentos advindos do que a paz da conformação de se ter o que se tem e procurar ter o que se pode, tirando vantagem do que se deixa tirar. Vão-se os anéis, mas ficam os dedos e com eles sempre seremos mais felizes do que com o ouro ou estas coisas passageiras que não levaremos conosco e nos fazem somente sofrer quando a vida foi feita para alegria e luz.
 Getúlio, Jango, já passaram, Lula e Dilma e mesmo o poderio do PT também passarão, ficaremos nós como sempre a espera do próximo que virá e na certa serão iguais, mas os que se forem antes estarão finalmente despegados dessa tola pretensão de achar que nesta vida é que mora a verdadeira felicidade.
 Sou católico, sou religioso, antes do que tudo um simples ser ignorante à disposição dos mistérios que esta vida nos traz.

Jorge Curvello

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