domingo, 9 de junho de 2013

A RELIGIÃO E O HOMEM




A RELIGIÃO E O HOMEM

Religião é preciso, é uma forma de se obter a conquista, o bem estar, o realizável, a cura e tantos outros sentimentos, tudo através de uma coisa chamada fé.  Ao longo da existência humana ela já significou suplício, tortura, sacrifício, imposição e benevolências, de livre arbítrio ou não, a julgar pela mente humana.
 Alguns como eu aprenderam ao longo da vida a ver a religião como um bem necessário que depois de feita a escolha deve ser cultuado e respeitado, mas jamais fanatizado. Outros se entregam de corpo e alma, obedecem a pregadores, temem o que não é para ser temido, mas antes respeitado, com alguns chegando às raias da loucura através do fanatismo enquanto outros se sentindo na dedicação devida tentam a outros catequizar, chegando até a ponto da discriminação e desconsideração. Vejamos exemplos:
No catolicismo, a palavra do sacerdote pode virar lei se acreditada como emissário divino, e então o homem irá seguir conforme manda uma cartilha que aprendeu como sendo seu direcional, a bíblia sagrada. Porém existe ali também a palavra do homem antes que a do Cristo mesmo assim tentando se traduzir, o homem pecador por natureza, incapaz de pureza absoluta porque pensa e decide, a favor ou contra, daquilo que se lhe mostram. E muitos se perdem em carolas, se acham protegidos pelo Deus que acreditam porque seguiram a risca o que o homem falou, mas fracassam na fé absoluta quando não completamente atendidos e então se revoltam. E no catolicismo, a título de ajuda à igreja existe o óbulo, aquele dinheirinho caçado em sacolinhas a cada missa.
No Evangelismo é a vez de um pastor ensinar a sua ovelha o que Cristo deseja que ele seja, faça, ou pense, bem semelhante ao catolicismo e um tanto o quanto mais exigente porque o perdão tão apregoado para seus semelhantes, parece existir figurativo. Para a maioria dos evangélicos quem não segue a cartilha é pecador, é diferente, merece ser discriminado e evitado, antes do que ajudado, nunca dado ao direito do livre arbítrio de escolher como quer ser mesmo se evangélico se sinta, nunca aceito para ser ajudado se nega a obedecer à palavra do homem, o pastor.
No espiritismo ocorre em semelhança ao evangelismo, somente com a diferença de que ali muito do considerado pecado no evangelho, é perdoado e o que vai mandar é a submissão, o medo do ser punido, o medo da ira de quem justo está ali para proteger, ou assim é apregoado. Ali a dádiva obrigatória por algumas vezes sai bem mais cara porque, uma vez ingressado logo é-se catequizado para obrigações com santos e exus que pesam no bolso.
E ainda existem outras mais, religiões diferentes, todas se dizendo levando a um só Criador, seja com diferentes nomes, mas todas elas submetendo o praticante a um catecismo que pode até chegar a ser uma lavagem cerebral. E em cada uma delas o grande culpado disso tudo é quem crê e não quem apregoa.
Eu nasci no catolicismo por parte de minha família, fiz tudo o que a igreja pedia para ter esse direito de assim ser, mas com o avançar dos anos e diversos questionamentos, acabei onde estou hoje, um católico que fez de um oratório particular a sua igreja, que somente vai a uma igreja quando lhe apetece, que não admite a missa com o sermão, que não credita na palavra do homem intercedendo para a do meu Deus, que é o dele e se fala para ele pode falar direto para mim tmaabém se assim eu acredito, que não me obriga a nada e me deixa escolher, sabendo, pois aceitar meus castigos que eu a mim mesmo imponho por desobedecer às leis divinas. Rezo, acredito, temo, respeito, como todos os mortais, porém sem neura ou submissão total.
A religião pode mudar as pessoas para melhor, ou pior também, e isso vai depender da pessoa e nunca do Deus que ela crê, jamais virá por seguir ou não Seus desígnios, mas sim pela vaidade do ser em se acreditar único, merecedor e dono da verdade. Tem católico que rejeita outros religiosos por eles não pertencerem a sua falange, tem evangélico que rejeita até pai, mãe e irmão se ele foge ao que manda a sua Bíblia, tem espírita que desdenha dos que como ele não se dobram aos medos e respeitos e com ele antipatiza, e sabe-se se lá nas demais o que pensam ou julgam seus adeptos, o que me leva a pensar que a religião a mais do que enobrece, estraga o homem.
Porém como diz a filosofia, religião, não se discute.

J. M Curvello

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